O vestuário do negro na fotografia e na pintura: Brasil, 1850-1890

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Vanessa Raquel Lambert de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86985
Resumo: O objetivo primordial dessa pesquisa é examinar a representação pictórica e fotografica do negro no Brasil. O uso da indumentária retrada serviu como refêrencia principal na observação e análise das imagens. Foram estudadas obras realizadas durante o periodo de 1850 a 1890, com ênfase naquelas que posuem conteúdo típico e recorrente. A utilização dos trajes foi considerada como um indicativo de condição social constituite da indentidade negra, idealizada por meio de uma perspectiva da população branca. Examinei as caracteristicas em comum nas imagens e a relação da indumentária associada aos papéis sociais, vinculados ás vestimentas que integram as obras. Pesquisadores lançam mão de vários tipos de material como fonte de pesquisa. Entretanto, fontes não escritas são por muitas vezes pouco creditadas, funcionando apenas como simples ilustrações e textos. Nesse caso, podem agregar novos significados aos textos que ilustram, ou perpetuar idéias racistas. Para realizar as análises das imagens, considerei a historiografica concernente ás origens da representação do negro nas artes brasileiras, à moda, à fotografia, às heranças africanas, às teorias perspectivas, às influências da Missões artísticas que viveram ao Brasil e às teorias evolucionistas vigentes durante as últimas décadas do século dezenove. Fótografos como Christiano Júnior, Militão e Victor Frond produziram inúmeras fotografias de negros que foram comercializadas aos europeus como material etnográfico e ilustração do exótico, no final do século dezenove. Pintores com Biard e Pallière destacaram o cotidiano dos negros. Negras vendedoras de frutas, amas-de-leite, negros e mestiços embranquecidos e homens executando trabalhos braçais, são exemplos de uma figuração padronizada e perpetuada, a estética da escravidão. Essas figuras constituem meu foco investigativo para a reflexão acerca da iconografia do negro.