Revisão Taxonômica da Subfamília Stethaprioninae (Teleostei: Characiformes, Characidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Garcia-Ayala, James Raul
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153764
Resumo: A subfamília Stethaprioninae foi proposta por Eigenmann, 1907, e é distinguido dos demais representantes de Characidae por apresentar porte pequeno, corpo alto e comprimido, com um espinho ósseo localizado à frente do primeiro raio da nadadeira dorsal e pela presença de ganchos ósseos distribuídos de maneira assimétrica na nadadeira anal de machos maduros; esses dois últimos caracteres parecem ser sinapomórficos e sustentam a monofilia do grupo. A revisão taxonômica das espécies de Stethaprioninae foi realizada, e nove espécies novas foram descritas por meio da análise de material depositado em coleções ictiológicas. As descrições foram feitas a partir da análise de aproximadamente 2.500 exemplares, dos quais foram tomadas 44 variáveis morfométricas e 14 merísticas, além de dados osteológicos e padrão de colorido. Como resultados, foram consideradas válidas e redescritas 13 espécies: Poptella brevispina, P. compressa, P. longipinnis, P. paraguayensis, Orthospinus franciscensis, Stethaprion erythrops, S. crenatum, Brachychalcinus copei, B. nummus, B. Orbicularis, B. parnaibae, B. retrospina, e B. reisi; além da descrição de nove novas espécies. Orthopinus é um gênero monotípico e endêmico da bacia do rio São Francisco. Stethaprion apresenta duas espécies distribuídas na bacia do rio Amazonas e foi acresentado em nosso trabalho uma nova característica autapormórfica desse gênero, que é a presença de escamas na nadadeira adiposa. Para Poptella, foram diagnosticadas sete espécies novas, das quais três estão distribuídas na bacia do rio Tocantins-Araguaia (Poptella sp.n.1, Poptella sp.n.2 e Poptella sp.n.3), uma na bacia do rio Madeira (Poptella sp.n.4), uma na bacia do rio Xingu (Poptella sp.n.5), uma na bacia do rio Acre (Poptella sp.n.6) e uma na bacia dos rios Purus e alto rio Amazonas (Poptella sp.n.7). Por outro lado, Poptella compressa está amplamente distribuída nas diferentes bacias da América do Sul, exceto na bacia do rio São Francisco e alto rio Paraná. Adicionalmente, a análise de extensivo material possibilitou a ampliação da distribuição geográfica de Brachychalcinus copei, B. nummus e B. retrospina, e a descrição de duas espécies novas para o gênero: Brachychalcinus sp.n.1 (rio Trombetas) e Brachychalcinus sp.n.2 (rio Tocantins). Após quase 30 anos da última revisão de Stethaprioninae, o presente estudo acrescenta informações que contribuem para o entendimento dos padrões de distribuição das espécies, e fornece subsídios para continuar no avanço para a compreensão da diversidade e relações filogenéticas entre os membros desta subfamília.