Progressão da lesão periapical em animais sob condições de estresse e modulação inflamatória através de bloqueador adrenérgico e inibidor seletivo da recaptação da serotonina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Khoury, Rayana Duarte [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216326
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do estresse crônico sobre a periodontite apical (PA) induzida em ratos, e avaliar os efeitos do uso da Fluoxetina (antidepressivo da classe dos inibidores da recaptação de serotonina) e do Propranolol (bloqueador beta-adrenérgico), associados ou não, na modulação inflamatória e na reabsorção óssea periapical de ratos estressados. Foram utilizados 40 ratos divididos em cinco grupos: Grupo controle não-estressado (NS); Grupo controle estressado com administração de solução fisiológica (SS); Grupo estressado com administração de Fluoxetina (SF); Grupo estressado com administração de Propranolol (SP); Grupo estressado com administração de Fluoxetina e Propranolol (SFP). Os animais dos grupos estressados foram submetidos ao protocolo de estresse crônico imprevisível durante 6 semanas e as respectivas medicações foram administradas diariamente, via gavagem, ao longo de todo o período experimental. A PA foi induzida em todos os grupos após 21 dias do início do protocolo de estresse e ao final da 6ª semana, os animais foram eutanasiados e as hemimandíbulas e hemimaxilas removidas. Posteriormente foram realizadas as seguintes análises: a) da massa corporal; b) dos níveis séricos de corticosterona por radioimunoensaio; c) dos níveis séricos hormonais e inflamatórios por ensaio Multiplex; e) histomorfométrica por coloração com hematoxilina e eosina; f) da estrutura óssea periapical através de microtomografia computadorizada (micro-CT); g) da expressão gênica de biomarcadores relacionados à atividade osteoclástica, citocinas inflamatórias e metaloproteinases na região periapical por RT-PCR. Ao final do experimento os animais estressados apresentaram menor ganho de massa corporal, níveis séricos de ACTH significativamente mais altos, atividade inflamatória mais intensa e maiores volumes de lesão periapical quando comparados aos animais do grupo controle NS. Os grupos tratados SF, SP e SFP apresentaram menores volumes de lesão periapical quando comparados ao grupo controle SS, e o grupo SP apresentou menor intensidade do infiltrado inflamatório. O teste de RT-PCR mostrou maior expressão de RANKL e TRAP no grupo controle SS, bem como maior expressão de IL-6, IL-10 e IL-17 e MMP-8 quando comparado ao grupo controle NS. Na comparação em relação ao grupo controle SS, o grupo SF apresentou maior expressão de OPG, e menor expressão de IL-6 e IL-17; o grupo SP apresentou maior expressão de OPG e menor expressão de IL-6, IL-10, IL-17, MMP-8 e MMP-13, e o grupo SFP apresentou menor expressão de RANKL, TRAP, IL-6, IL-10, IL-17, MMP-8 e MMP-13. Foi concluído que o estresse crônico influenciou negativamente a patogênese da PA e ambos os medicamentos avaliados, bem como sua associação, tiveram efeitos positivos na prevenção da perda óssea e modulação inflamatória.