Análise do padrão de segregação do exocório de ovos de triatomíneos (Hemiptera, Triatominae) em híbridos experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sousa, Paulo Sergio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256674
Resumo: Os estudos morfológicos aplicados à taxonomia dos triatomíneos abrangem diversas estruturas, como cabeça, asa, tórax, genitália e ovos. A primeira caracterização dos ovos (tamanho e coloração) ocorreu em 1913. No entanto, a aplicação do estudo dos ovos na taxonomia dos triatomíneos foi iniciada, em 1935, quando foi demonstrado que o exocório tem uma arquitetura peculiar na superfície externa, o que permitiu a diferenciação de Rhodnius prolixus, Triatoma vitticeps, T. dimidiata, T. rubrovaria e T. protracta. Em 2014, as estruturas exocoriais dos ovos híbridos foram caracterizadas e comparadas com os genitores, demonstrando que os híbridos apresentavam características idênticas ao padrão exocorial observado nas fêmeas dos cruzamentos, o que resultou na hipótese de que o padrão dos ovos de triatomíneos seja, possivelmente, uma característica herdada das fêmeas. Assim, analisamos o padrão de segregação do exocório de ovos de triatomíneos em doze espécies e híbridos, com o intuito de avaliar a hipótese de herança materna das características dos ovos. Cruzamentos experimentais foram realizados entre Rhodnius spp., entre Triatoma spp. e entre Psammolestes spp. e híbridos foram obtidos em pelo menos uma direção de todos os cruzamentos. A análise do exocório dos ovos dos híbridos evidenciou diferentes padrões de segregação, a saber, “exclusivamente paterna”, “predominantemente materna”, “predominantemente paterna”, “mútua” e “diferencial”. Curiosamente, nenhum dos híbridos avaliados apresentou características que segregassem exclusivamente das espécies parentais femininas. Assim, demonstramos que a hipótese de herança materna do padrão de exocório dos ovos não é válida e enfatizamos a importância de metodologias alternativas/combinadas (como a taxonomia integrativa) para a correta identificação desses insetos vetores (principalmente tendo em vista possíveis eventos de hibridização devido a mudanças climáticas e ambientais).