Fenologia e desempenho ecofisiológico de Vasconcellea quercifolia A.St.-Hill

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bispo, Geane Lourenço
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/193490
Resumo: A espécie Vasconcellea quercifolia A.St.-Hill. apresenta grande importância ecológica, assim como importantes características fisiológicas de interesse ao melhoramento genético, como tolerância a baixas temperaturas e resistências a doenças que afetam o desenvolvimento de culturas da mesma família. Com isso, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar o desempenho fenológico, reprodutivo e ecofisiológico da espécie, em sua população natural. O estudo foi desenvolvido na Fazenda Lageado, da Faculdade de Ciências Agronômicas e no Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da UNESP – campus Botucatu – SP. Pelas visitas quinzenais observou-se alta sincronia e correlação entre os fenômenos avaliados, destacando a grande influência da radiação e temperatura para todas as fases (Capítulo I). A brotação tem início em setembro e se estende até dezembro, com pico em outubro. A floração iniciou-se em setembro, se estendendo até o mês de fevereiro, sendo que o pico da floração ocorre entre novembro e dezembro. A frutificação iniciou-se em outubro e teve pico entre dezembro e fevereiro e os últimos frutos foram observados em maio. A queda foliar inicia-se em dezembro perdendo 100% das folhas até o início do mês de junho e entra em repouso vegetativo até o final de agosto. No capítulo II são descritos o efeito de diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3) na germinação de sementes em câmara Biochemical Oxygen Demand (BOD) e na emergência de plântulas em casa de vegetação. Para o teste de germinação em BOD, a maior concentração de GA3 (500 mg L-1) proporcionou 69,5% de germinação. Para a emergência de plântulas, GA3 à 300 mg L-1 (T4) foi mais eficiente quanto ao índice de Velocidade de Emergência (IVE), proporcionando emergência de plântulas mais rápida e mais uniforme em relação aos demais tratamentos, promovendo também maior acúmulo de massa da parte aérea das plântulas, assim como das raízes. A espécie é considerada de alto poder germinativo, distribuído em longos períodos e bastante desuniforme. O capítulo III foi escrito a partir do comportamento da planta em relação às trocas gasosas e presença e atividade de enzimas antioxidantes, de acordo com a presença dos eventos fenológicos da espécie. As coletas foram realizadas a cada fenofase. As plantas apresentaram menor taxa de assimilação de CO2 nas fenofases frutificação e queda foliar. As enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) apresentaram maior atividade no período da brotação, resultando na menor concentração de H2O2 nesta fase. A peroxidação lipídica aumentou a cada fenofase, registrando maior teor no período em que as plantas já se encontravam em uma escala avançada de queda foliar. As frequentes e distintas condições ambientais determinaram alterações nos mecanismos fisiológicos das plantas, causando reações no aparato fotossintético, assim como, no sistema antioxidante.