Vitrificação de tecido ovariano de gatas domésticas: o tamanho do fragmento influencia a viabilidade pós descongelação?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gorricho, Camila Mario
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154237
Resumo: A criopreservação de ovário ou tecido ovariano permite a preservação do material genético de qualquer espécie animal que seja submetido à gonadectomia por indicação preventiva, terapêutica ou, até mesmo, por morte inesperada. O objetivo do presente trabalho foi avaliar se o tamanho do fragmento ovariano influencia ou não a resistência aos crioprotetores. Para tanto, os ovários foram colhidos de 34 gatas domésticas (várias raças, 1-5 anos de idade) por ovariectomia de rotina, transportados ao laboratório e depois seccionados em fragmentos de diferentes tamanhos (3 x 3 x 3mm, 5 x 3 x 3mm e 7 x 3 x 3mm) e destinados aleatoriamente aos grupos de controle (GC3, GC5 e GC7, respectivamente) ou vitrificados (GV3, GV5 e GV7, respectivamente). Os fragmentos vitrificados-aquecidos foram avaliados por histomorfologia e imunohistoquímica (para taxas de apoptose utilizando a caspase-3 clivada). A avaliação histológica demonstrou que 72,97% dos folículos presentes em GV3 e 72,58% nos fragmentos do grupo GV5 eram normais, enquanto que nos fragmentos do GV7 essa taxa foi de apenas 42,86%. A principal alteração morfológica foi o desprendimento das células epiteliais da membrana basal presentes em todos os grupos. Da mesma forma, a avaliação imunohistoquímica, utilizando a caspase 3, revelou uma pequena proporção de células apoptóticas nos fragmentos do grupo GV3 (53%), enquanto que no grupo GV7, 43,58% das células expressaram a caspase 3 clivada. Esses achados indicam que fragmentos seccionados em 3 x 3 x 3mm (27mm³) são mais adequados para a perfusão do crioprotetor, sem causar danos celular após o descongelamento.