A construção de heroínas sob a ótica da militância social e da luta política: estudo dos romances Mary Barton (1848) e Norte e Sul (1854-55) de Elizabeth Gaskell

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fazan, Daiane de Cássia Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181894
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a construção das heroínas dos romances da escritora britânica Elizabeth Gaskell (1810 – 1865), intitulados Mary Barton (1848) e Norte e Sul (1854-55). Analisaremos as características encontradas na heroína, Margaret Hale, em Norte e Sul, e seu papel na sociedade da época em que a narrativa foi escrita – auge da Revolução Industrial – em que mudanças sociais e políticas foram tão relevantes e numerosas, em comparação com a heroína Mary Barton – que é uma costureira e filha de militantes das causas dos trabalhadores; ou seja, duas mulheres que lutam em diferentes contextos: Margaret, uma mulher da classe média e Mary, uma mulher da classe operária. Analisaremos a complexidade dessas duas personagens: Margaret Hale que, de acordo com nossas primeiras investigações, parece ter sido calcada em elementos biográficos da autora, e Mary Barton, que é a representação da militância e dos sindicatos no auge da industrialização. Tentaremos compreender os anseios dessas heroínas, que giram, principalmente, em torno da articulação entre princípios como fé e lealdade (características preponderantes em Margaret Hale) e lutas políticas (marcas que verificam-se em ambas as heroínas). Observamos que, ao longo da narrativa, Margaret Hale busca entender o ambiente em que vive e seus habitantes. Ao mesmo tempo, também procura encontrar para si um lugar político na luta entre patrões e empregados - pano de fundo da ação narrada (meados do século XIX). Mary Barton, por sua vez, quebra diversos paradigmas femininos, em meio às dificuldades financeiras e às agruras do trabalho têxtil. Desse modo, analisaremos a trajetória dessas duas mulheres com o objetivo de entender como a personalidade forte e militante de ambas é forjada literariamente, tendo em vista o processo de representação das personagens.