Entre apropriação e recusa: os significados da experiência escolar para os jovens da periferia urbana de São Bernardo do Campo (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Correa, Licinia Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101589
Resumo: O objeto desta tese é a presença da escola na constituição das identidades juvenis. Investiga-se os sentidos e significados que jovens urbanos e pobres atribuem à experiência escolar. A pesquisa, de abordagem qualitativa, é realizada com um grupo de jovens estudantes do ensino fundamental e médio, com idade variável entre 17 e 26 anos, oriundos da periferia urbana de São Bernardo do Campo. A coleta de dados efetivou-se em duas etapas, no período 2005- 2007, com base em entrevistas intensivas individuais, entrevistas em grupo e observação. O diálogo do objeto com a teoria constrói-se no aprofundamento da noção de juventude e na análise sociohistórica da escola. Conclui-se que há uma presença efetiva da escola na constituição das identidades juvenis. Os jovens fazem-se atores em relação com a escola, mesmo quando estão fora dela. É por intermédio da experiência escolar que constroem os sentidos para suas ações, afirmam suas individualidades e se relacionam com o mundo. A escolarização aparece como horizonte, meta, necessidade ou como desejo a ser realizado. A presença juvenil na escola é pautada por estratégias de apropriação dos produtos escolares, de integração no tempo-espaço e de resistência aos mecanismos de aculturação dispersos em seu cotidiano. Contudo, há uma conjugação de mecanismos e práticas escolares que inclui os jovens pobres de forma degradada no sistema de ensino, ao mesmo tempo em que os excluem-integrando à dinâmica social. Há uma silenciosa produção do fracasso escolar no interior do sistema de ensino frente à ruidosa entrada dos jovens nas salas de aula.