Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Ana Paula Dantas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183458
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Resumo: |
Introdução: A doxorrubicina é um quimioterápico amplamente utilizado e muito eficaz no tratamento de neoplasias, porém pode levar à cardiotoxicidade, o que pode limitar seu uso. Os mecanismos envolvidos no surgimento da cardiotoxicidade são múltiplos, mas o aumento do estresse oxidativo tem papel fundamental. O suco de laranja contém muitos compostos com potencial antioxidante, como os flavonóides. A composição do suco de laranja pode diferir entre as variedades de laranja e isso pode levar a efeitos biológicos diferentes, como maior atividade antioxidante. Objetivo: Avaliar a influência do suco de laranja Pera (Citrus sinensis) e da Moro (Citrus sinensis (L.) Osbeck) na cardiotoxicidade induzida pela doxorrubicina em ratos. Material e Métodos: Foram utilizados 120 ratos Wistar machos adultos, que foram alocados em 6 grupos: C, LP, LM, D, DLP, DLM. Os grupos C e D receberam água com maltodextrina para igualar a quantidade de carboidratos dos sucos de laranja. Os grupos LP e DLP receberam suco de laranja Pera e os grupos LM e DLM receberam suco de laranja Moro por 4 semanas. Após, os animais dos grupos D, DLP e DLM receberam injeção de doxorrubicina (20mg/kg, IP) e os animais dos grupos C, LP e LM receberam injeção de salina. Quarenta e oito horas após a injeção de doxorrubicina, os animais foram submetidos ao ecocardiograma, medida da pressão intraventricular esquerda e eutanásia para coleta de material biológico. Resultados: Os ratos tratados com doxorrubicina ganharam menos peso que os ratos não tratados, provavelmente decorrente da diminuição da ingestão de líquido e ração por esses animais. Também observamos piora da função diastólica e sistólica do ventrículo esquerdo ao ecocardiograma, piora da +dP/dt, da –dP/dt e da pressão sistólica máxima durante medida da pressão intraventricular nos animais tratados com a droga. Não observamos presença de infiltrado inflamatório ou alteração da arquitetura tecidual na histologia, bem como na expressão proteica de Bax e Nrf2. A admistração de doxorrubicina também aumentou o estresse oxidativo miocárdico e alterou a atividade das enzimas fosfofrutoquinase, β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase, citrato sintase e dos complexos enzimáticos da cadeia transportadora de elétrons da mitocôndria. A administração conjunta de suco de laranja e doxorrubicina atenuou a disfunção sistólica e diastólica ao ecocardiograma, o estresse oxidativo e melhorou a atividade das enzimas envolvidas no metabolismo miocárdico. O suco de laranja Moro se mostrou mais efetivo em melhorar a atividade da citrato sintase, β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase e da glutationa peroxidase. Conclusão: A suplementação de ambos os tipos de suco de laranja atenuou a disfunção ventricular esquerda, sistólica e diastólica, induzida pela doxorrubicina, melhorou o metabolismo energético miocárdico e atenuou o estresse oxidativo. No entanto, o suco de laranja Moro foi mais efetivo que o suco de laranja Pera em modificar a atividade da citrato sintase, β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase e da glutationa peroxidase. |