Padrões de esterases em populações resistentes e suscetíveis de Aedes aegypti (Diptera, Culicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Guirado, Marluci Monteiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102721
Resumo: Hoje se sabe que as enzimas esterásicas estão relacionadas com o desenvolvimento de resistência a inseticidas, em muitos organismos. Em Aedes aegypti, a dedução desse envolvimento tem resultado mais de testes que permitem a avaliação da atividade das esterases no extrato total dos mosquitos (mostrando valores maiores nas populações resistentes) do que de estudos mais profundos de padrões e bandas individualizadas e sua relação com a resistência. Com o objetivo básico de contribuir para o conhecimento desse aspecto, no presente trabalho 11 populações geográficas daquele vetor, sendo seis classificadas como resistentes, três como suscetíveis e duas como tendo suscetibilidade diminuída, foram analisadas quanto ao polimorfismo de esterases, por eletroforese em géis de poliacrilamida. O resultado do estudo de cerca de 30 amostras de larvas e adultos de cada população mostrou 24 bandas que foram tentativamente associadas com oito loci genéticos. Considerando também os dados de Lima-Catelani et al. (2004) e de Sousa-Polezzi & Bicudo (2005), temos o total de 25 bandas esterásicas, incluídas em 12 supostos loci, em 15 populações daquele vetor, até a presente data. A população de São José do Rio Preto, analisada em intervalos de cinco anos entre aqueles dois estudos, e sete anos entre Sousa-Polezzi & Bicudo (2005) e o presente trabalho, mostrou modificações no padrão de esterases, que ocorreram ao longo do tempo paralelamente ao surgimento e aumento da resistência aos inseticidas utilizados no controle, nessa população. Essas modificações abrangeram, basicamente, aumento ou diminuição da freqüência de algumas bandas e ausência de bandas previamente detectadas. De modo geral, a busca por padrões esterásicos específicos, relacionados ao desenvolvimento da resistência, indicou algumas bandas ou combinações de bandas para um estudo mais aprofundado. Essas bandas são: EST-1, sozinha, devido à sua alta freqüência em cinco das seis populações classificadas como resistentes, a combinação de EST-1 com EST-4, ambas ocorrendo simultaneamente, de forma predominante nas populações resistentes, e as colinesterases , detectadas nas 11 populações, mas apresentando freqüências mais altas em quatro das seis populações consideradas resistentes. Diante do conhecimento atual sobre as esterases e sua relação com a resistência a inseticidas, em A. aegypti, no presente trabalho é discutida a possibilidade de que a quantidade total de esterases (principalmente das carboxilesterases) produzidas por um grupo de genes possa ser mais importante em gerar resistência do que o grau de expressão de genes individuais que codificam para bandas específicas. Contudo, entendemos que as bandas destacadas neste trabalho devem ser alvo de um estudo mais detalhado, antes que essa hipótese ganhe maior força.