Silício na mitigação de estresse por deficiência de zinco em plantas de arroz e soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Felisberto, Guilherme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157511
Resumo: A deficiência de zinco (Zn) leva ao estresse oxidativo, causando prejuízos na produção e qualidade do produto colhido em diversas espécies de plantas cultivadas. O silício (Si) por sua vez é um elemento conhecido por mitigar diversos tipos de estresses, podendo ser uma importante ferramenta na mitigação da deficiência de Zn. Contudo, não há relatos na literatura sobre sua eficácia na mitigação da deficiência do micronutriente em nível de produção, nem se há diferenças entre fornecê-lo via solução nutritiva (radicular) ou via aplicação foliar. Possivelmente em função de que a adoção da aplicação foliar de Si ainda é pequena, justamente por apresentar problemas com a polimerização do Si da calda. Isso se dá possivelmente em função da utilização de concentrações, pH e misturas inadequadas. Para tentar minimizar esses problemas, novas fontes de Si têm sido desenvolvidas, mas pouco se sabe sobre seu comportamento e sua eficácia em relação ao silicato de potássio, considerado fonte padrão nos estudos com Si. Nesse sentido foram realizados dois estudos, sendo o primeiro para avaliar o comportamento e a eficácia de fontes de Si (silicato de potássio, nanosílica, silicato de sódio e potássio estabilizado e ácido silícico estabilizado) e concentrações (0; 0,5; 1,0; 1,5 g L-1 de Si) no crescimento e produção de grãos de soja e de arroz; e o segundo para avaliar o efeito do Si aplicado via foliar ou radicular (via solução nutritiva) na mitigação da deficiência de Zn em soja e em arroz. No primeiro estudo foi obervado que as fontes foram eficientes no fornecimento de Si. Na maioria das variáveis estudadas o silicato de sódio e potássio estabilizado se equiparou ou foi superior o silicato de potássio. A concentração de aproximadamente 1 g L-1 de Si apresentou melhor desempenho para a maioria das variáveis analisadas. No segundo estudo foi observado que o Si fornecido via radicular mitigou a deficiência de Zn da soja por ter diminuído os teores de malondialdeído e mantendo a produção de grãos a níveis semelhantes das plantas sem deficiência. O arroz não teve a deficiência de Zn mitigada pelo Si, embora a atividade da enzima superóxido dismutase tenha aumentado com o fornecimento radicular do elemento benéfico. Contudo independentemente se em condição de suficiência ou deficiência de Zn a aplicação radicular ou foliar de Si, promoveu ganhos na produção em relação à não aplicação de Si. Por fim acredita-se as novas fontes apresentem potencial em fornecer Si eficientemente às plantas sendo uma alternativa ao uso do silicato de potássio e que tanto a aplicação foliar como radicular promova ganhos consideráveis na soja e no arroz, seja sob deficiência de Zn ou não.