Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Mariana dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214955
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Resumo: |
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de suco de laranja e seus subprodutos, disputando com os Estados Unidos essa hegemonia no mercado. O país responde por mais da metade do suco produzido em todo o mundo, cujas exportações geram em média US$ 1,5-2,5 bilhões por ano ao país. O processo para a obtenção do suco de laranja consiste em uma série de etapas de operações industriais, garantindo a qualidade do suco desde a recepção da matéria-prima até a confecção do produto final. Um dos principais subprodutos gerados no processo da indústria cítrica é a polpa úmida. Esse subproduto tem um valor de mercado relativamente baixo (U$$ 20 por tonelada de subproduto, dados em base úmida). Apesar de o suco ser o principal produto da laranja, vários outros produtos com maior valor agregado são obtidos durante seu processo de fabricação. Dentre esses produtos podemos destacar os óleos essenciais, d´limoneno, terpenos, líquidos aromáticos, pectina e farelo de polpa cítrica. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método de desidratação natural do subproduto de laranja da empresa Brasil Citrus para viabilizar sua estocagem e posterior comercialização visando à extração de pectina. Inicialmente, foi delimitado um espaço para a desidratação natural do subproduto do processamento de laranja. Foram realizados dois Ensaios experimentais (1 e 2), os quais se distinguiram em relação ao período de avaliação, variedade das frutas e lotes. O processo de desidratação natural foi monitorado quanto às propriedades físico-químicas: umidade, pH, temperatura, atividade microbiológica, além da obtenção e caracterização da pectina. Houve aumento gradativo nos níveis de contaminação microbiológica após o primeiro dia de desidratação natural do subproduto (após 24h), este aumento foi acompanhado por alteração de cor do subproduto (amarelo claro no início do processo para amarronzada após 24h) evidenciando a biodegradação e oxidação do subproduto. O rendimento de extração de pectina no ponto inicial (material coletado do processo sem nenhum processo de secagem) foi de aproximadamente 48%. Entretanto, após o período de 1-21 dias de desidratação natural foi averiguado um declínio significativo no rendimento de extração de pectina (15-20%). A pectina obtida ao longo do processo de desidratação natural do subproduto apresentou características químicas semelhantes a uma pectina comercial. O presente método de desidratação natural não mostrou ser ideal para a secagem do subproduto e seu potencial de comercialização ainda é restrito, pois as perdas de rendimento na obtenção de pectina foram muito elevadas (aproximadamente 36% de perda de rendimento). Uma estratégia seria desenvolver um método híbrido de desidratação, ou seja, secagem forçada com ar utilizando-se a radiação solar e temperatura natural do ambiente. |