“Serviço de Mulher”: a mulher e a educação para o trabalho sob mediação da literatura infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Jaqueline Moreira Ferraz de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192067
Resumo: A pesquisa tem como objetivo fazer uma análise das obras propostas pelo Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), para crianças de seis a oito anos idade, a fim de identificar como os livros didáticos discutem o trabalho feminino no lar e na vida pública, bem como as formas como os livros infantis se constituem em mediadores para discussões sobre profissões femininas, múltiplas jornadas da mulher, divisão sexual do trabalho e questões que se referem direta ou indiretamente às diferenciações salariais e participação da mulher no provimento da família, a partir das diferenças de gênero. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos procedimentos são a análise bibliográfica, documental de livros de literatura infantil fornecidos pelo PNAIC, no ano de 2017 e, para a organização e sistematização dos dados, a análise pictórica e de conteúdo, sob o referencial da filosofia da práxis, que nos possibilita uma compreensão dialética da categoria trabalho como ontológica. Assim, buscamos identificar como as obras de literatura se constituem em mediações para a discussão sobre exploração e opressão de gênero no processo de formação para o trabalho, durante o Ensino Fundamental. Para desenvolvimento da análise foram selecionadas 34 obras de um total de 102, dentre elas, três para aprofundamento de conteúdo. Foram identificadas diversas problemáticas, entre elas a apropriação do capitalismo na divisão sexual do trabalho, exercendo sobre as mulheres uma exploração diferenciada em relação aos homens, marcando ainda sua trajetória profissional com estereótipos e a chamada “guetificação”.