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RESUMO - Geralmente os estudos de lixiviação em cana de açúcar são realizados utilizando-se métodos de bioensaios com condição edafoclimática específica, além de utilizarem amostras de solo deformadas. Estudar o processo de lixiviação em condições reais de campo, mantendo-se a integridade da estrutura do solo e sob condições edafoclimaticas naturais, vem a ser a forma mais confiável de analisar o comportamento dos herbicidas no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de lixiviação dos herbicidas S-metolachlor, metribuzin, sulfentrazone e tebuthiuron em precipitações pluviométricas naturais, em um solo de textura média (Latossolo Vermelho Distrófico), em condições de campo através de plantas bioindicadoras. As amostras foram coletadas em colunas de PVC com 30 cm de altura e 15 cm de diâmetro, introduzidas no solo de forma que se preservou a estrutura natural do solo. As colunas foram retiradas cuidadosamente escavando ao seu redor, mantendo a integridade original do solo durante a coleta das amostras que ocorreu após a aplicação dos herbicidas nas doses recomendadas no solo e posterior acúmulo das precipitações estipulada ao ambiente (50, 91 e 131 mm de chuva). As colunas foram separadas com corte longitudinal para a semeadura das espécies bioindicadoras (Brachiaria plantaginea, Cucumis sativus, Lactuca sativa e Sorghum bicolor), de maneira que pudessem emergir um número uniforme de plantas em cada metade das colunas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizados com quatro repetições, dispostos em um esquema fatorial 3 x 8. Os fatores referem-se aos três índices de precipitação acumulada (50, 91 e 131mm) e as 8 camadas de profundidade analisadas no perfil do solo (0-3, 3-6, 6-9, 9-12, 12-15, 15-20, 20-25, 25-30 cm). Após a semeadura, para as avaliações das plantas bioindicadoras nas colunas adotou-se a escala de notas de ‘0’ a ‘100’% de fitotoxicidade, aos 5, 7, 9 e 11 dias após a semeadura (DAS). As respostas das espécies bioindicadora ao residual de cada herbicida utilizado foi variável, mostrando-se dependente da precipitação pluvial e do tipo de herbicida utilizado. A lixiviação do S-metolachlor no solo estudado foi dependente da quantidade de precipitação recebida e a máxima profundidade visual detectada foi de 12- 15cm, sendo o pepino a espécie mais sensível a presença do herbicida no solo. A lixiviação do metribuzin também foi dependente da quantidade de precipitação recebida para as plantas bioindicadoras pepino, alface e capim-marmelada, sendo os sintomas visualizados até a camada 9-12cm do perfil do solo. A lixiviação do sulfentrazone mostrou-se dependente da quantidade de precipitação recebida, sendo os sintomas de intoxicação nas plantas de pepino e capim-marmelada visualizados até a camada de 9-12 cm no perfil do solo. A lixiviação do tebuthiuron foi dependente da quantidade de precipitação recebida; dentre as plantas bioindicadoras utilizadas, apenas o sorgo não seria indicada para visualização dos sintomas de intoxicação causados pelo herbicida no perfil do solo neste estudo. |
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