Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ramos Netto, Tatiana de Cássia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192920
|
Resumo: |
Pensar sobre a saúde sexual no processo do envelhecimento representa um desafio para os profissionais da saúde e para as políticas públicas no que concerne à necessidade de ampliar as discussões sobre sexualidade, as práticas sexuais no processo de envelhecimento, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o impacto dessas questões na promoção de saúde da pessoa idosa. Esta pesquisa investigou como a saúde sexual no período de desenvolvimento do envelhecimento é retratada em pesquisas e documentos no Brasil, a partir de dois objetivos específicos: (a) realizar um estudo de revisão sistemática da literatura (RSL) para verificar quais categorias temáticas aparecem quando se pensa em saúde sexual no envelhecimento nas produções de pesquisa no Brasil e (b) descrever e analisar os materiais disponibilizados pelo governo federal sobre saúde sexual e/ou sexualidade na idade avançada, para identificar a visão de envelhecimento, sexualidade, gênero, saúde, prevenção, etc. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa e de natureza documental. O método foi de RSL em publicações nacionais na base de dados Scielo e localização e leitura de três materiais disponibilizados pelo Governo Federal sobre saúde sexual e envelhecimento no site do Ministério da Saúde, a partir de um “Guia” de análise elaborado pela pesquisadora. Os resultados encontrados foram um total de 68 artigos, entre 2001 e 2018, com maior concentração em 2015. A área de maior produção estava na Enfermagem, seguido da Saúde e da Gerontologia. Os artigos foram distribuídos em 4 categorias: A) Violência (n=6); B) Saúde (n=8); C) Sexualidade (n=14) e D) IST (n=40). A partir dos critérios de inclusão, foram selecionados três documentos para análise: Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa/2018 (Doc 1), Manual de Oficinas Educativas sobre sexualidade e prevenção de DST/AIDS no idoso/2016 (Doc 2) e Um guia para se viver mais e melhor/2006) (Doc3). Nesses documentos prevaleceram uma visão de homem biopsicossocial, mas havia um modelo médico e biológico que priorizava as questões preventivas e restritivas de sexualidade humana. Houve indícios de heteronormatividade e o público alvo era de bom nível educacional, social e econômico. O discurso, em geral, era impositivo, especialmente, sobre alimentação saudável e exercícios físicos. Os conteúdos de sexualidade eram superficiais, limitados às questões das dificuldades na resposta sexual, aos riscos e às IST no envelhecimento, embora às vezes apontassem para a possibilidade de vínculos e de prazer. Conclui-se que ainda são necessários esforços para garantir o direito ao exercício da sexualidade no envelhecimento, atendendo às necessidades das pessoas mais velhas nas propostas preventivas, no momento do diagnóstico, no oferecimento e na manutenção do tratamento e no acolhimento de possíveis desdobramentos psicossociais da experiência de ser contaminado por HIV/Aids, para si mesmos, para seus pares e familiares e para toda a sociedade. |