Avaliação dos mecanismos moleculares envolvidos na instalação da resistência periférica à insulina em camundongos portadores de caquexia tumoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Malmonge, Levy [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138315
Resumo: A insulina é o hormônio produzido pelas células beta das ilhotas pancreáticas, responsável pela captação da glicose pelos tecidos periféricos. A glicose é o principal estimulante para a secreção deste hormônio e é também o substrato energético mais utilizado pelas células para produção de energia ou armazenamento na forma de glicogênio. A insulina atinge os tecidos-alvo e se liga a um receptor de superfície da membrana plasmática, ativando uma cascata de fosforilação envolvendo as proteínas IRS1, PI-3 cinase, AKT e GLUT4. Qualquer defeito nesta sequência resulta em uma menor captação da glicose e uma maior secreção de insulina, estabelecendo um quadro chamado resistência periférica à insulina, frequente em pacientes portadores de malignidades que apresentam também uma síndrome conhecida como caquexia, caracterizada pela perda de peso, de tecido adiposo, atrofia muscular e anorexia. Esse conjunto de fatores é resultado da tentativa do organismo de produzir energia em grande escala para suprir o hospedeiro e seu tumor. Trabalhos anteriores em nosso laboratório já haviam descrito que a secreção de insulina por ilhotas de camundongos portadores de tumor solido de Ehrlich, apóes 14 dias de inoculação, apresentava-se diminuída, enquanto a sensibilidade periférica tanto à insulina quanto à glicose se mostraram aumentadas, portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a via de sinalização de insulina em tecido muscular, hepático e adiposo de camundongos caquéticos portadores do tumor sólido de Ehrlich 14 dias após inoculação. Foram analisadas as expressões gênicas por RT-qPCR e expressão protéica por Western Blotting das proteínas da via de sinalização da insulina, como IR, IRS1, PI3-K e AKT. Em uma análise geral do quadro sistêmico dos camundongos, estes apresentaram alterações metabólicas condizentes com o quadro de caquexia já estabelecido, como perda de peso, esplenomegalia, diminuição de colesterol, de glicogênios hepático e muscular e aumento de triglicerídeos plasmáticos. No tecido hepático, proteínas-chave na regulação da via - IR e AKT – apresentaram niveis proteicos aumentadas, enquanto no tecido muscular a proteína IRS1 em sua forma inativa, juntamente com AKT, estavam diminuídas. O tecido adiposo apresentou aumento na expressão gênica de algumas proteínas, mas não apresentou alteração na expressão proteica das mesmas. Portanto, o mesmo organismo apresenta orgãos com maior sensibilidade à insulina, como o tecido hepático e outros com resistencia à insulina, como o tecido muscular, mostrando uma resposta tecido-especifica à ação da insulina.