Patogenicidade de fungos a mosca-negra-dos-citros e compatibilidade entre agrotóxicos e Purpureocillium lilacinum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Medeiros, Fabíola Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141451
Resumo: A mosca-negra-dos-citros constitui-se uma ameaça à fruticultura, por ser uma praga com grande potencial de dano econômico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade e virulência de isolados de fungos entomopatogênicos sobre a mosca-negra-dos-citros, Aleurocanthus woglumi (Hemiptera: Aleyrodidae) em condições de laboratório, e o efeito de diferentes produtos fitossanitários sobre o desenvolvimento do fungo Purpureocillium lilacinum in vitro e semicampo. No teste de patogenicidade, foram utilizadas dez ninfas de segundo e terceiro ínstares de Aleurocanthus woglumi e os fungos Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae, Lecanicillium muscarium, Fusarium proliferatum e Purpureocillium lilacinum. Para determinação da concentração letal 50 (CL50) e do tempo letal médio 50 (TL50) foi escolhido o fungo P. lilacinum, sendo cada tratamento representado por uma concentração 1 x 106, 5 x 106, 1 x 107, 5 x 107, 1 x 108 e 5 x 108 conídios/mL. Nos testes de compatibilidade de agrotóxicos sobre o fungo P. lilacinum, foram testados os produtos Ampligo® (clorantraniliprole + lambda-cialotrina), Kohinor 200 SC® (imidacloprido), Provado 200 SC® (imidacloprido), Recop® (oxicloreto de cobre), Iharol® (óleo mineral), Talstar 100 EC® (bifentrina), Stimulate® (ácido 4-indol-3-ilbutírico + ácido giberélico + cinetina) e Neenmax® (azadiractina), nas doses recomendadas para campo. No experimento em casa de vegetação, mudas de limão Cravo foram pulverizadas com os produtos e o patógeno P. lilacinum (4,76 x 107 conídios/mL) de três formas diferentes, primeiramente os agrotóxicos e depois o fungo; primeiro o fungo e posteriormente o agrotóxico e os dois simultaneamente. As mudas foram mantidas em estufa telada, e, após as pulverizações, 24, 48 e 72 horas, foi feita a contagem de colônias para determinar o número de unidades formadoras de colônia (UFC). Em relação aos testes de patogenicidade e virulência, concluiu-se que os isolados de B. bassiana, M. anisopliae, L. muscarium, F. proliferatum e P. lilacinum foram patogênicos às ninfas de A. woglumi e que as concentrações avaliadas do fungo P. lilacinum foram patogênicas às ninfas A. woglumi. Nos testes de compatibilidade os agrotóxicos Ampligo, Kohinor 200 SC, Provado 200 SC, Talstar 100 EC, Stimulate e Neenmax, sob condições laboratoriais, foram compatíveis com P. lilacinum e os produtos Recop e Iharol foram considerados moderadamente tóxicos. Em condições de semicampo, o fungo P. lilacinum não foi afetado pelos produtos, independentemente do tempo de coleta e da forma como foram aplicados.