Relação entre disfunção temporomandibular, hipotonia dos músculos mastigatórios e distúrbios do sono em pacientes com síndrome de down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Bruna Dicieri [Unesp]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214746
Resumo: Investigar a presença de dor orofacial em pacientes com síndrome de Down (SD) e verificar sua influência na disfunção mastigatória (hipotonia muscular/frouxidão ligamentar) e nos distúrbios do sono nesses indivíduos. Vinte e três voluntários, jovens e adultos, de ambos os sexos, foram submetidos ao eixo I dos Critérios de Diagnóstico para Desordens Temporomandibulares (DC/TMD) para identificar a dor ou ausência de dor orofacial nos músculos masseter e temporal e na ATM (articulação temporomandibular). Na avaliação da função biomecânica, a hipotonia dos músculos mastigatórios (HPm) foi identificada a partir de eletromiografia de superfície (EMGs) dos músculos temporal (porção anterior) e masseter (porção superficial) em situação de contração voluntária máxima (CVM) e de força de mordida máxima (FMM), usando um transdutor de força e a frouxidão ligamentar identificada por meio da máxima abertura bucal (ABM) com auxílio de um paquímetro analógico. Os distúrbios do sono foram avaliados por exame de polissonografia tipo II (PSGII): apneia obstrutiva do sono (AOS), índice de ronco (IR) e índice de bruxismo do sono (IBS). Foram aplicados pré-testes estatísticos de Shapiro-Wilke de Bartlett, e para análise comparativa, os testes de Mann-Whitney e o teste T não-pareado para detectar diferenças entre os grupos comparados. Não houve diferenças significativas entre a dor muscular e na ATM entre os sexos; entretanto, a dor no músculo masseter esquerdo foi mais frequente em homens (69% dos pacientes) do que em mulheres (40% dos pacientes). As atividades elétricas dos músculos temporais direitos (p-valor 0,004) e esquerdos (p-valor 0,002) e no músculo masseter esquerdo (p-valor 0,008) foram estatisticamente menores nos homens que nas mulheres. Mulheres e homens apresentaram respectivamente: AOS grave (20% e 38,5%), IBS grave (40% e 54%), em variação de eventos/h, IBS (0 a 264 e 0 a 155) e o IR (4 a 45 e 6 a 53). A frouxidão ligamentar foi ligeiramente elevada em homens. Concluímos que a dor muscular mastigatória e artralgia foram encontradas. Provavelmente a dor influenciou no aumento da HPm pelo desuso dos músculos com dor, principalmente em ME dos homens. Não houve correlações entre a dor e os distúrbios do sono.