Determinação dos intervalos de referência das variáveis tromboelastográficas sem o uso de ativadores em diferentes amostras sanguíneas de cães hígidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, Tauara dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214743
Resumo: O sistema hemostático compreende um conjunto de eventos fisiológicos e complexos do organismo. Este previne o escape de sangue a partir dos vasos sanguíneos e a formação de trombos que afetarão o fluxo sanguíneo. Para manter a fluidez do sangue nos vasos sanguíneos, é necessária a interação em homeostase de vários componentes, como a parede vascular, plaquetas, fatores de coagulação, substâncias anticoagulantes naturais e substâncias fibrinolíticas, entre outros. A avaliação de desordens hemostáticas é realizada por meio de exames laboratoriais geralmente subdivididos em testes convencionais e em testes viscoelásticos, como a tromboelastografia (TEG). O presente estudo teve como objetivo evidenciar as variáveis tromboelastográficas de cães hígidos utilizando diferentes amostras sanguíneas, como o sangue total fresco (STF), sangue total com citrato de sódio a 3,2% (STC), plasma fresco (PF) e plasma fresco congelado (PFC). A finalidade foi estabelecer intervalo de referência (IR) para tais variáveis em cães hígidos e verificar se o tipo de amostra e o método de conservação da amostra alteram o traçado tromboelastográfico. Para este projeto, foram selecionados 22 cães sadios oriundos do serviço de atendimento clínico do Núcleo de Atendimento Veterinário do Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP, que buscaram o atendimento para avaliações rotineiras anuais de sanidade. As diferentes amostras sanguíneas foram coletadas por meio de venopunção jugular e submetidas à análise tromboelastográfica em diferentes circunstâncias. Para determinação dos IR, foi realizado teste t Student com intervalo de confiança (IC) de 95%, valor-p 0,05 e teste de Fisher para verificar homogeneidade. Além disso, foi realizado teste de Shapiro Wilk para verificação de normalidade e com auxílio de gráficos box plot para detecção e exclusão de valores extremos (outliers). Os dados foram processados no software estatístico livre RGui versão 4.0.0 (R Core Team (2020). O conjunto de eventos do sistema hemostático, necessita de avaliação laboratorial robusta, como testes viscoelásticos, para melhor interpretação. Portanto, realizar tromboelastografia em diferentes amostras sanguíneas, bem como, determinar intervalo de referência para as variáveis TEG das diferentes amostras, mostra avanço para a realização do TEG em laboratórios clínicos veterinários. A obtenção de IR para diferentes tipos de amostras, possibilita o acesso ao exame tromboelastográfico em diferentes circunstâncias. O presente projeto mostrou ser possível e viável a realização da tromboelastografia em diferentes amostras sanguíneas e todas elas representam o paciente animal de maneira confiável.