A construção intertextual de Mulher-Maravilha: o mítico, o maravilhoso e o super-heroico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, João Pedro Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192451
Resumo: Esta dissertação de mestrado investiga trechos de duas fases da revista Mulher-Maravilha roteirizadas por George Pérez (1987-1992) e Greg Rucka (2016-2017). O eixo teórico utilizado é o do maravilhoso como gênero narrativo identificado por Marinho. A autora estabelece alguns critérios de inserção de narrativas nesse grupo, sendo um deles o da intertextualidade com outras narrativas maravilhosas. Acreditando que esse seja o principal modo pelo qual Mulher-Maravilha se enquadra nesse gênero, utilizamos os pressupostos Samoyault para explorar a relação da revista com alguns mitos e contos de fadas. Também é feita uma categorização de um dos volumes analisados segundo as funções do conto maravilhoso de Vladimir Propp, outro critério estabelecido por Marinho. As análises são acompanhadas de ponderações a respeito do modo como as esferas mítica e maravilhosa interagem com a super-heroica, bem como uma reflexão que mostra os motivos pelos quais a superaventura em quadrinhos propicia o uso da intertextualidade. A conclusão mostra que a intertextualidade com o maravilhoso é ampla em Mulher-Maravilha, e sempre está atrelada à revisão dos valores presentes nos mitos e contos. Alinha-se, portanto, à tendência presente desde sua criação de usar histórias canônicas de forma revisionista, questionando-as, reinterpretando-as e atualizando seus valores para os novos tempos.