As mudanças na atividade organística a partir dos desenvolvimentos tecnológicos do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gianelli, Gustavo Biciato [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143096
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar de que formas os desenvolvimentos tecnológicos ocorridos no século XX afetaram a prática musical organística. Transformações históricas, musicais e sociais foram abordadas com o objetivo de compreender as relações estabelecidas entre o instrumento órgão, os músicos, a sociedade e a tecnologia. Tal compreensão pode incentivar novas ideias e novos pontos de vista sobre a função do órgão na sociedade contemporânea, que em grande parte têm vínculos cada vez mais frágeis com a música organística. Por meio de pesquisas em documentos sociais, científicos, mídias distintas, arquivos e entrevistas foi possível formar um panorama das mudanças ocorridas. A análise dessas foi realizada sob a ótica da Sociologia da Tecnologia, em especial da Teoria da Construção Social da Tecnologia, que tem como principal característica tratar as inovações como reações a anseios e desejos de determinado grupo social. A princípio são apresentados conceitos sobre as teorias envolvidas, e é discutido como foram aplicadas no desenvolvimento do trabalho. São analisadas então as principais fases das mudanças ocorridas na prática organística no período abordado: a invenção do Órgão Hammond, em 1935, e as condições que levaram a este desenvolvimento; o surgimento dos órgãos direcionados ao mercado doméstico e a popularização do instrumento eletrônico; o surgimento das tecnologias digitais e os novos rumos da prática organística. Nas conclusões foi demonstrado que, embora a presença de órgãos eletrônicos seja cada vez mais evidente, muitas vezes não como complemento, mas como substituto dos tubulares, as opiniões dos organistas ainda são muito conflitantes, o que contribui para o enfraquecimento da classe como um todo, e que novas formas de se pensar o órgão, suas características e suas funções são parte de uma necessária discussão.