"Zona Contaminada": a encruzilhada entre orixás e feminismos no texto de Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alamino, Tauane Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236211
Resumo: A presente pesquisa investiga o texto teatral Zona Contaminada de Caio Fernando Abreu, a partir de teorias feministas e do trabalho da Cia. do Santo Forte durante o período de isolamento social decorrente da pandemia de COVID-19. O coletivo foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto com o Prêmio Nelson Seixas de Produção Teatral para executar a encenação da peça no segundo semestre de 2020 em ambiente virtual. A metodologia do grupo aplicada neste contexto, consistiu em estudar a dramaturgia e reconhecer características das personagens aproximando-as das entidades e divindades da Umbanda e do Candomblé, encaminhando o processo criativo para uma performance audiovisual. A obra literária apresenta as “orixás de frente” das personagens protagonistas de ambas as obras, convergindo com os propósitos do grupo, amparado nos “Arquétipos da umbanda para o trabalho do ator”. O conceito de encruzilhadas subsidia a interseccionalidade da cultura popular e da literatura. Para fundamento das referências afro-religiosas, consideram-se as sabedorias de tradição oral, danças e pontos cantados de terreiro, além das produções de Kiusam de Oliveira e Leda Maria Martins. Como aporte teórico para refletir acerca do poder das mulheres sobre seus corpos e o interesse do Estado em controlar a fertilidade feminina, utiliza-se Interseccionalidade de Carla Akotirene, Calibã e A Bruxa e O Ponto Zero da Revolução de Silvia Federici.