Cultivo de mamona-anã inoculada com bactérias promotoras de crescimento e doses de N após leguminosas e gramíneas em sistema plantio direto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gato, Isabela Martins Bueno [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242825
Resumo: O cultivo de mamona tem se expandindo cada vez mais no país e possui potencial de ser explorado em diversas regiões. O Centro-Oeste do Brasil é uma região com elevado potencial para expansão da cultura da mamona. Entretanto, é necessário adotar técnicas que aumentem a produtividade da mamona de forma mais sustentável, como a inoculação por bactérias promotoras de crescimento. Portanto, é necessário avaliar o efeito de doses de nitrogênio e da inoculação de bactérias promotoras de crescimento de plantas via foliar com Azospirillum brasiliense, Bacillus subtilis e Pseudomonas fluorescens, na nutrição, desenvolvimento e produtividade de híbrido de mamona-anã em região de Cerrado, após o cultivo de milho e de soja. Além de averiguar o efeito dos tratamentos no teor de óleo de mamona. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 5x4, com quatro repetições, sendo cinco doses de N (0, 45, 90, 135 e 180 kg ha-1 de N, utilizando a ureia como fonte) em cobertura e quatro tratamentos com aplicação foliar de bactérias promotoras de crescimento de plantas - BPCPs (Azospirillum brasiliense, Bacillus subtilis e Pseudomonas fluorescens, além do controle sem inoculação) em duas áreas agrícolas, uma após cultivo de leguminosas e outra após gramíneas. A pesquisa foi desenvolvida em Latossolo Vermelho Distrófico de textura argilosa, no município de Selvíria – MS. Os acúmulos de N e demais nutrientes, NH4+ e NO3- na palhada, de N e demais nutrientes nos grãos e a atividade da enzima nitrato redutase também são influenciados de forma positiva e diferenciada por bactérias promotoras de crescimento associadas a doses de N, em cultivos após gramíneas ou leguminosas. A inoculação com Azospirillum brasilense proporciona maior acúmulo de nitrato na palhada, e com Bacillus subtilis promove maior acúmulo de N nos grãos e atividade da nitrato redutase na folha, sem diferir da Pseudomonas fluorescens. O teor de óleo da mamona-anã praticamente não é influenciado por doses de N. Contudo, o Azospirillum brasilense após leguminosas proporciona menor teor de óleo. As produtividades de grãos e de óleo de mamona aumentam em 20 e 40% na dose estimada de 103 kg ha-1 de N em relação a não aplicação de N em cobertura após cultivo de gramíneas, respectivamente. Após o cultivo com leguminosas, ocorre aumento da produtividade de grãos de mamona com o incremento das doses de N no tratamento não inoculado; além de aumento de 28, 64 e 40% na produtividade de grãos nas doses estimadas de 97, 113 e 92 kg ha-1 de N sob as inoculações com A. brasilense, B. subtilis e P. fluorescens em relação a dose de 0 kg ha-1 de N, respectivamente. Após o cultivo com gramíneas, as maiores produtividades de grãos são constatadas com inoculação com B. subtilis e A. brasilense. Após o cultivo com leguminosas, as inoculações com A. brasilense, B. subtilis e P. fluorescens proporcionam aumento de 37, 21 e 33% na produtividade de grãos em relação ao não inoculado na dose de 0 kg de N; e na dose de 90 kg ha-1 de N o aumento observado foi de 33, 25 e 40% em relação ao não inoculado, respectivamente. A inoculação com B. subtilis promove aumento de 41% na produtividade de grãos em relação ao não inoculado na dose de 135 kg ha-1 de N, e na dose de 45 kg ha-1 de N é observado aumento de produtividade de 50% sob a inoculação de P. fluorescens em relação ao não inoculado. Recomenda-se como primeira opção a inoculação com Bacillus subtilis, seguida de Azospirillum brasilense para obtenção de altas produtividade de grãos de mamona-anã, com redução de doses de N, independentemente do cultivo antecessor com gramíneas ou leguminosas.