Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Peres, Anelise Ribeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/156023
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Resumo: |
Na bovinocultura de corte, a alimentação corresponde ao maior custo associado à produção de carne. A avaliação do consumo alimentar residual (CAR) tem sido uma ferramenta importante para direcionar a seleção de bovinos de corte e otimizar economicamente esta atividade. No entanto, alguns estudos mostram uma diminuição da motilidade, do perímetro escrotal, uma menor taxa de prenhez e parto em animais eficientes para CAR. Uma estratégia para solucionar tais problemas é a suplementação ácidos graxos poliinsaturados (AGPs) que não apenas aumentam a densidade energética da dieta, mas também atuam na melhoria do desempenho reprodutivo. No entanto, o ideal é que tais características de seleção para CAR e efeito da suplementação com AGPs sejam passadas à prole, assim o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito paterno da seleção para consumo alimentar residual (CAR) e da suplementação dos touros com AGs para a PIVE, o acúmulo de lipídio embrionário e a expressão de genes. Animais classificados em baixo CAR e alto CAR foram utilizados no experimento. O delineamento experimental obedeceu a um esquema fatorial 2 x 2 (CAR x Suplementação), a análise estatística foi realizada pelo programa JPM (versão 5.0.1, SAS Institute). Após a amostragem, os animais foram separados aleatoriamente em dois grupos: com suplementação de AGs protegido e com suplementação controle (sem AGs protegido). O experimento foi composto por quatro tratamentos, o sêmen dos touros foi congelado (4 tratamentos), sendo 6 animais suplementados com AGs protegido (3 baixo CAR e 3 alto CAR) e 6 animais com suplementação controle, sem AGs (3 baixo CAR e 3 alto CAR). O sêmen foi utilizado para produção in vitro de embriões; os blastocistos foram reservados para análise da quantificação de lipídios e os blastocistos expandidos para análise da expressão gênica. A quantificação de lipídios foi avaliada utilizando o corante Sudan Black B 1% e as imagens foram analisadas pelo programa Image J (National Institutes of Health, USA). A análise de expressão gênica dos embriões foi feita pela técnica de qPCR utilizando o sistema de micro-fluídica Biomark HD (Fluidigm®, South San Francisco, CA, USA). Não houve diferença na produção in vitro de embriões oriundos de animais CAR- ou CAR+, nem entre os tratamentos suplementados com AGs. Embriões de touros CAR+ apresentaram maior conteúdo lipídico quando comparado com o grupo CAR-. Os genes que apresentaram diferença associados à dieta foram o HMOX1, SREBF1 e o GPX4. Os referentes ao perfil CAR que diferiram foram o PLAC8, PPARGC1A e o NFE2L2. Os relacionados com a interação entre dieta e CAR que apresentaram diferença foram o RPLP0, ATF4, H3F3A, HSF1, HMGCS1, SLC2A5, NANOG, REST e o GPX4. Conclui-se que a dieta e a seleção para CAR dos touros afetou a expressão gênica dos embriões produzidos in vitro utilizando o sêmen desses animais. |