Fechamento de defeitos em padrão de figura geométrica associado ao emprego de anestesia por tumescência com lidocaína em coelhos (oryctolagus cuniculus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Serafim, Eduardo Luis [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137782
Resumo: Cirurgias reconstrutivas são empregadas no fechamento de feridas na qual existe dificuldades de oclusão. Podem apresentar um pós-operatório doloroso devido a grande manipulação tecidual. Assim, o uso de técnicas como a de anestesia por tumescência com lidocaína, são importantes, em virtude de proporcionar melhor analgesia trans e pós-operatória. No entanto, a lidocaína pode interferir na cicatrização. Assim, delineou-se um estudo a fim de avaliar a cicatrização de defeitos cutâneos induzidos, fechados em padrão de figura geométrica, associado ao emprego de anestesia por tumescência com lidocaína em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Ademais, avaliar sua influência em parâmetros cardiorrespiratórios e na analgesia pós-operatória. Foi realizado no Hospital Veterinário da UNESP, Câmpus de Jaboticabal – SP, um estudo com 27 coelhos, separados em três grupos, compreendidos em GC (fechamento em padrão de figura geométrica sem o emprego de tumescência), GS (fechamento em padrão de figura geométrica associado ao emprego de tumescência com solução fisiológica 0,9%) e GL (fechamento em padrão de figura geométrica associado ao emprego de anestesia por tumescência com lidocaína). Realizaram-se avaliações macroscópicas das lesões, observando-se exsudato, edema, coloração e aspecto cosmético da ferida e microscópicas, observando-se proliferação vascular, células mononucleares e polimorfonucleares, proliferação fibroblástica, colagenização, reepitelização e hemorragia. A avaliação da analgesia pós-operatória foi realizada por Escala Visual Analógica e por filamentos de von Frey. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (teste não paramétrico de Friedman, pós-teste de Dunns, análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey, considerando-se diferença significativa quando p<0,05). Em nenhuma das variáveis macroscópicas e microscópicas ocorreu diferenças significativas entre os grupos (p>0,05). Houve diferença significativa na frequência cardíaca (p=0,0002), sendo menor no GL, e respiratória (p=0,002), sendo maior no GC. Houve diferença significativa na pressão arterial média (p=0,026), sendo maior no GL e na concentração expirada de isoflurano (p=0,02), sendo menor no GL. Não houve diferença significativa entre os grupos (p>0,05) no teste de filamentos de von Frey e na Escala Visual Analógica, bem como entre os momentos avaliados. Ainda em relação a Escala Visual Analógica, não ocorreu diferença significativa entre os avaliadores (p>0,05). Ademais, em nenhum animal foi necessário realizar reaplicação de analgésico além dos momentos propostos. Dessa forma, conclui-se que não há diferença entre a anestesia geral inalatória quando comparada a sua associação com anestesia por tumescência com lidocaína na analgesia pós-operatória de coelhos submetidos a fechamento de defeitos em padrão de figura geométrica. No entanto, a técnica tumescente oferece benefícios como a redução do consumo de anestésico inalatório, estabilidade das frequências cardíaca e respiratória e menor hipotensão. Ademais, não prejudica a cicatrização.