Ultrassonografia modo B e dopplerfluxometria materno fetal na avaliação gestacional de ovelhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Victor José Correia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152361
Resumo: O entendimento acerca da fisiologia do processo gestacional e desenvolvimento embrionário/fetal oferece conhecimento para que se tome decisões acertadas em relação ao manejo da fêmea gestante, além destes animais serem utilizados como modelo experimental para a medicina humana, o que reforça a importância do estudo da gestação em ovinos. Nesse contexto, a ultrassonografia se apresenta como melhor opção para avaliar o desenvolvimento da gestação. É uma tecnologia segura que permite que se façam avaliações repetidas durante todo o processo gestacional. Objetivou-se estudar o desenvolvimento fisiológico embrionário/fetal durante a gestação de ovelhas por meio da ultrassonografia a fim de se obter parâmetros de normalidade que possam ser utilizados como referência para o diagnóstico de possíveis alterações do desenvolvimento embrionário/fetal e desenvolver fórmulas para predição de idade gestacional. Foram utilizadas 30 ovelhas Santa Inês pesando 45,4±4,3 kg, entre 2 e 5 anos e realizados exames ultrassonográficos semanais desde a 3ª, até a 21ª semana gestacional. Para a análise estatística, realizou-se teste de “Shapiro” para normalidade, com medidas reais ou transformadas correlacionadas com as semanas gestacionais pelo teste de “Spearman”. Quando significativo, foram testados os ajustes dos parâmetros e semanas gestacionais à modelos de regressão. Foi utilizado nível de significância de 5% e os resultados apresentados como média±DP (desvio padrão). Foram avaliados os diâmetros da vesícula gestacional (VG), abdominal (DA), torácico (DT), biparietal (DBP), da órbita ocular (OO) e dos placentônios (PL), além dos comprimentos crâniocaudal (CC), da nuca ao focinho (NF), da escápula (ESCA), do úmero (UME), do rádio (RD), do metacarpo (MCAR), do fêmur (FEM), da tíbia (TI), do metatarso (MTAR) e dos rins (RIM); mensuração da frequência cardíaca (FC em bat/min) obtida por meio do “Doppler” Pulsado e as medidas de comprimento da base ao ápice do coração (CCOR) e de largura da parede esquerda à direita na região mais próxima à base (LCOR). Os maiores coeficientes de determinação (R²) foram obtidos para o diâmetro biparietal foi de 96,5% e para o metacarpo de 93%. O diâmetro abdominal apresentou 91,7% e a largura do coração 90,2%. Estes últimos podem ser usados para estimar o período gestacional com precisão comparável da 4ª à 21ª semana, permitindo que o Médico Veterinário faça inferências quanto à normalidade do desenvolvimento da gestação. As avaliações ultrassonográficas permitiram acompanhar o desenvolvimento gestacional nas ovelhas, obtendo-se resultados com alta correlação com o desenvolvimento das estruturas materno-fetais, que podem ser utilizados como valores de referência para o acompanhamento gestacional e detecção de anormalidades no desenvolvimento embrionário/fetal.