Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Modolo, Gabriel Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194113
|
Resumo: |
Introdução: A anemia falciforme é a principal causa de acidente vascular cerebral (AVC) na infância. Velocidades de fluxo cerebral aumentadas avaliadas por Doppler transcraniano (DTC) podem predizer risco elevado para AVC e estão relacionadas a anemia mais grave. O objetivo do estudo foi avaliar se velocidades aferidas por DTC podem predizer complicações vasoclusivas além do AVC. Método: Incluídos no estudo pacientes entre 2 e 16 anos, com anemia falciforme, submetidos à triagem com DTC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu entre janeiro de 2012 e outubro de 2018. Foram coletados em prontuário eletrônico o perfil genotípico e dados demográficos dos pacientes, além dos exames de DTC realizados durante o seguimento, comparando esses parâmetros à presença de crises de falcização. Foram realizadas análises de sobrevivência por modelos de fragilidade simples em que cada variável preditora foi analisada separadamente em relação ao tempo para a ocorrência de uma crise de falcização mensurado em dias. Resultados: Foram incluídos no estudo 47 pacientes; seis foram excluídos por fazerem seguimento em outro serviço; dois por não apresentarem dados em prontuário; e dois por terem mais de 17 anos. Apresentaram relação com crises falcêmicas em análise univariada a velocidade de pico sistólico em artéria cerebral média HR 1,01 (1,00 a 1,02) p = 0,04; velocidade final diastólica em artéria cerebral média HR 1,02 (1,01 a 1,04) p = 0,01, velocidade média de fluxo em artéria basilar HR 1,02 (1,00 a 1,04) p = 0,04, hemoglobina HR 0,49 (0,38 a 0,65) p < 0,001, hematócrito HR 0,78 (0,71 a 0,85) p < 0,001, leucócitos HR 1,1 (1,05 a 1,15) p < 0,001, plaquetas HR 0,997 (0,994 a 0,999) p = 0,02 e reticulócitos HR 1,14 (1,06 a 1,23) p < 0,001. Após análise multivariada das variáveis, nenhuma apresentou relação com os desfechos. Discussão: Nossos resultados sugerem que o DTC pode ser um método eficaz de rastreio de síndromes vasoclusivas além do AVC. O fato de muitos pacientes estarem em uso de hidroxiureia ou hemotransfusão, poucos pacientes com exames de Doppler alterados e pequena amostra pode ter contribuído para perda da relação após análise multivariada. Conclusão: O exame de DTC é um método não invasivo e pode ser útil para rastreio de síndromes vasoclusivas em pacientes com anemia falciforme. |