Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Laércio Yudi Watanabe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256241
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Resumo: |
A reestruturação urbana e os rearranjos socioespaciais na escala da rede, oriundos da urbanização contemporânea, fazem emergir a importância da utilização de escalas e recortes analíticos que vão além da escala da própria cidade no âmbito dos estudos urbanos. Diversos processos socioespaciais, como dispersão e aglomeração urbanas, são, cada vez mais, afeitos e caricatos à escala da rede urbana. Isso nos leva à questão central de pesquisa: qual é o recorte analítico mais adequado para investigar determinadas cidades médias? Dinâmicas socioespaciais na escala da rede, incluindo os deslocamentos pendulares intermunicipais, parecem tornar os limites das cidades cada vez mais imprecisos e indefiníveis no que diz respeito ao espaço de vida cotidiana. Os movimentos pendulares por motivos de trabalho e/ou estudo acirram as relações espaciais entre dois ou um conjunto de municípios, levando a formação de aglomerados ou aglomerações urbanas cada vez mais dispersas, do ponto de vista territorial, e coesas, do ponto de vista espacial. Levando isso em consideração, o objetivo central desta pesquisa é analisar a influência dos processos de dispersão e aglomeração nos arranjos populacionais de Presidente Prudente/SP e Maringá/PR. Os arranjos populacionais são recortes territoriais delimitados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), que considerou critérios de integração entre os municípios. Em termos metodológicos, foram utilizados dados quantitativos e qualitativos que se relacionam aos processos de dispersão e aglomeração. Para o primeiro, foram utilizadas imagens de satélite datadas de 1985, 2000 e 2020 para representar a evolução da dispersão das áreas urbanizadas. O processo de aglomeração foi cotejado a partir dos dados contidos no estudo oficial “Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil” (IBGE, 2016) e de informações de pendularidade contidas nos censos de 2000 e 2010, que foram cruzadas com outras variáveis (idade, nível de instrução, rendimento e ocupação) para qualificar as pessoas que pendulam ou não. Como principais resultados, destacamos que a dispersão dos espaços de ocupação de Presidente Prudente e Maringá (núcleos de seus respectivos arranjos) se extravasaram para além de suas respectivas divisas municipais, alcançando o território dos municípios vizinhos. Entre 2000 e 2010, a quantidade de deslocamentos pendulares teve um súbito aumento em ambos os arranjos, indicando a intensidade do processo de continuidade espacial. Por fim, destacamos que a arquitetura dos fluxos pendulares no arranjo de Maringá é mais complexa e dinâmica, uma vez que os deslocamentos realizados no sentido cidade média-cidades polarizadas, ou mesmo entre cidades polarizadas, são mais comuns e mais volumosos em comparação as mesmas relações estabelecidas no arranjo de Presidente Prudente. |