Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Simão, Maryanna Cristiano [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217773
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Resumo: |
Elementos de transposição (TEs) são sequências repetitivas de DNA capazes de se mobilizar dentro e entre genomas que devido a essa habilidade, além de efeitos deletérios, podem trazer vantagens ao genoma hospedeiro, tais como o aumento do repertório proteico, ou influenciarem a regulação gênica. O material de estudo desta tese foi o genoma de Drosophila mojavensis, uma espécie cactofílica, nativa de regiões áridas e semiáridas, que utiliza como sítio de alimentação e reprodução um recurso menos rico que os utilizados pela maioria das espécies de Drosophila e, consequentemente, tal hábito deve estar relacionado a adaptações específicas. Como os TEs são fontes importantes de variação genética, particularmente em resposta ao estresse ambiental, como também podem fornecer matéria-prima para o surgimento de genes codificadores de proteínas (PCG) e de RNAs não codificantes (ncRNA), os quais podem assumir funções celulares importantes, um dos objetivos desta tese foi investigar a associação entre TEs e esses genes em espécies cactofílicas, como estratégia para ampliar nossa compreensão sobre a contribuição dos TEs para a evolução adaptativa. Além disso, mesmo sendo a maioria dos genes comuns aos genomas de machos e fêmeas, genes e TEs podem ser expressos diferencialmente entre testículos e ovários. A análise dos transcriptomas das gônadas torna possível investigar como ou se o viés de expressão de genes e de TEs afeta a reprodução de híbridos interespecíficos. A fim de entender melhor essas questões, foi estudado nesta tese o viés de expressão das gônadas de D. mojavensis e D. arizonae e de seus híbridos recíprocos. Neste estudo mostramos que o conteúdo de TEs representa 13,27% do genoma de D. mojavensis e que a proporção de genes que abrigam sequências de TEs dentro dos éxons é de 5,9%, e que a proporção de ordens de TEs dentro destes éxons difere daquela do genoma geral (LINEs: 78,8% > LTR: 18,5% > TIRs: 2,4% > Helitrons: 0,3%). Entre todas as inserções de TEs encontrados nos genes PCG e lncRNA, apenas 19 sequências apresentaram domínios proteicos preservados. Foram identificados vários genes candidatos à exaptação de TEs no genoma D. mojavensis e a maioria deles abrigam sítios de ligação ao DNA, particularmente domínios zinc-finger, destacando o papel dos TEs como fonte de novidades funcionais aos genomas, evidenciando que esta associação entre sítios específicos de ligação de DNA e TEs é recorrente e talvez uma das fontes principais de novidades genômicas. A maioria dos genes e TEs com viés de expressão estão presentes em ambas as espécies parentais, sendo que em testículos a expressão de genes e TEs é cerca de três vezes maior do que em ovários, destacando que a expressão entre as gônadas em Drosophila é conservada e característica do grupo. Contudo, existem diferenças específicas de genes com viés de expressão entre as espécies parentais e entre os híbridos, que podem ter um papel importante na reprodução. Além disso, as famílias de TEs superexpressas em testículos são mais diversas que os genes superexpressos, esse fato pode estar diretamente relacionado com a influência dos piRNAs na regulação, principalmente devido ao fato dos piRNAs presente nos híbridos ter um padrão diferente dos encontrados nas espécies parentais |