Letramento literário em uma sala inclusiva: uma proposta de trabalho com o gênero conto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fabris, Gabriela Miranda Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/211006
Resumo: A inclusão escolar de pessoas com deficiência vem acontecendo ao longo das últimas décadas no Brasil. Por isso, as escolas regulares têm recebido alunos com diversas deficiências e precisam adequar-se e engajar-se na construção de uma educação realmente inclusiva. Trazemos, neste trabalho, a inquietação sobre os caminhos da leitura literária no Ensino Fundamental II, sobre o letramento literário do aluno cego e a importância do braille nesse processo, buscando desencadear reflexões que nos guiem a um processo de inclusão que se faça de forma digna, atendendo a demanda legal, social e humana que a questão envolve. Tendo em vista tal demanda, o presente trabalho tem como objetivo a promoção do letramento literário em uma sala de aula regular de nono ano em uma escola municipalizada, em Lucélia-SP, da qual faz parte um aluno cego. Para tanto, elaborou-se uma sequência expandida (COSSON, 2018) com enfoque nos pressupostos da Leitura Subjetiva (ROUXEL; LANGLADE; REZENDE, 2013) e utilização de Diários do Leitor. A sequência expandida é composta por sete etapas que conduzem a leitura de uma obra literária: motivação, introdução, leitura, primeira interpretação, contextualização, segunda interpretação e expansão (COSSON, 2018), e foi proposta para a leitura do conto “Um cinturão” (1947), de Graciliano Ramos. Dentre o referencial teórico no qual este trabalho se embasou destacam-se Soares (2001, 2004) e Rojo (2017), nas questões sobre letramento, e, também, Zilberman (2008), Cosson (2018, 2019), Candido (2017) e Rouxel, Langlade e Rezende (2013), no que diz respeito à formação do leitor literário e à importância da literatura na escola. A pesquisa que deu origem a esta dissertação é qualitativa de natureza aplicada, sendo definida como pesquisa-ação quanto aos procedimentos (GIL, 2008; THIOLLENT, 1986). Os resultados desta pesquisa mostram que o uso do braille precisa ser incentivado na sala de aula regular, transformando-se em rotina de forma a combater o processo de desbrailização (GEHM; SILVA, 2017) que se encontra em curso na sociedade, sendo a literatura um caminho eficaz para tal inclusão, beneficiando todos os alunos para além dos aspectos relacionados à melhora da escrita e leitura, em razão de seu potencial humanizador.