Por um teatro novo em Portugal: a contribuição de Luiz Francisco Rebello

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tscherne, Milca da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106359
Resumo: Este trabalho analisa a dramaturgia de Luiz Francisco Rebello (1924), a partir da conexão com alguns fatores que desencadearam a crise dramática no final do século XIX, como a dissonância entre as unidades de diálogos (relação intersubjetiva), de ação (fato) e de tempo (presente contínuo). Para Rebelo, houve também uma crise no teatro português, uma vez que o país ainda não tinha experimentado plenamente a fase de transformação, pela qual o teatro europeu passara nas primeiras décadas do século XX, e ainda se comportava, na sua percepção, como um país não integrado artisticamente à Europa. Rebello aproximou seus dramas do moderno, isto é, daquele drama que não seria mais condensado numa relação de contigüidade, em que um elemento levaria ao outro, mas constituído por descontinuidades que, afinal, lhe dariam uma unidade, tal como ocorre no cinema. Seu teatro, ao longo das encenações que recebeu, acentuou as amplas possibilidades, já previstas no texto, de se distender por meio do elemento épico, pois se organiza dentro de outras instâncias enunciativas, que não somente a dramática. Diversificou-se em formatos curiosos como polimonodrama, farsa catastrófica, teledrama, apontamento dramático, sequência dramática, espetáculo-documentário entre outras. Dentro dessas escolhas formais, persistem o elemento insólito contrapondo-se a elementos de uma cena convencional, a desaceleração na tensão ou a quebra de expectativa, a intersecção cênica entre o apresentado e o narrado ou entre tempos que se misturam numa mesma cena. A tese defende que as descontinuidades dramáticas respondem pelo status de renovador que seu teatro alcançou no panorama teatral português pós-1945