Efeito do treinamento físico periodizado sobre o acúmulo de atividade física espontânea, voluntária e a ingestão calórica em ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva Junior, Osvaldo Tadeu da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152404
Resumo: Acredita-se que haja um set point que limita o gasto energético utilizando como estratégia o controle dos níveis de atividade física em nosso organismo visando a manutenção da homeostase energética semelhante a outras variáveis reguladas biologicamente. O presente estudo tem como objetivo investigar se o treinamento periodizado e a dieta hiperlipídica influenciam os níveis de atividade física espontânea e voluntária e a alteração na ingestão alimentar de ratos. Para isso, o estudo foi dividido em duas etapas: na primeira o objetivo foi verificar a acurácia e confiabilidade de um sistema de videogrametria na análise do deslocamento de ratos Wistar, e na segunda etapa, verificar se o aumento da atividade física, por meio do treinamento periodizado, é acompanhado por uma redução compensatória na atividade física e alteração da ingestão alimentar. Foram utilizados Ratos (n=32) da linhagem Wistar (Rattus Norvegicus Albinus Wistar) com idade inicial de 120 dias mantidos em gaiolas coletivas durante 8 semanas, após a separação dos grupos: Grupo controle (GC), Grupo controle com dieta hiperlipídica (GDH), Grupo de treinamento periodizado (TP), e Grupo treinamento periodizado dieta hiperlipídica (TPH), os quais realizaram um protocolo de treinamento periodizado de natação, durante 6 semanas, após 2 semanas de adaptação. O limiar anaeróbio pelo teste de lactato mínimo (Lam) foi realizado para a separação dos animais em grupos homogêneos e para verificação dos efeitos do treinamento. Foram verificados o efeito do treinamento físico periodizado sobre o acúmulo de atividade física espontânea (AFE -deslocamento pela filmagem) e voluntária (AFV - roda de atividades), além da verificação da interferência da dieta hiperlipídica na atividade física espontânea e voluntária, no perfil lipídico (triglicerídeos, HDL), glicemia, comportamento alimentar, medidas e gordura corporal. A análise de variância foi utilizada para verificar as diferenças das variáveis entre os grupos, enquanto que a correlação de Pearson foi utilizada para verificar a associação entre a carga de treinamento com a ingestão alimentar, AFE e AFV, considerando alfa de 5%. Na primeira etapa a acurácia e a confiabilidade do sistema de videogrametria para a análise do deslocamento foi confirmada. Na segunda etapa verificou-se que os valores de glicemia, HDL e TG não apresentaram diferença significativa entre os grupos após 8 semanas de experimento. Os grupos treinados apresentaram maiores valores de Lam em relação ao grupo GC e GDH e não apresentaram ganho excessivo de gordura corporal. Em relação ao consumo alimentar, os grupos alimentados com dieta hiperlipídica apresentaram menor consumo calórico em relação aos grupos alimentados com dieta padrão. O acúmulo de AFV não apresentou diferença entre os grupos, porém a AFE foi maior no grupo controle em relação ao demais. A associação entre a carga de treino total semanal e o consumo alimentar e carga de treino total semanal e AFV foram fracas. Para associação entre a carga de treino total semanal e a AFE, houve forte associação com o grupo TP . O TP e a dieta hiperlipídica levaram a uma redução da AFE, assim como nas semanas onde os treinamentos foram intensos houve um nível de AFE menor. Nosso resultados indicam que existem fatores biológicos responsivos ao treinamento e a dieta hiperlipídica capazes de interferir nos níveis de AFE dos animais.