Análise proteômica na caracterização de anticorpos monoclonais dirigidos contra antígenos eritrocitários e leucocitários humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santis, Laís Priscila de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154883
Resumo: As membranas de hemácias e leucócitos são compostas por centenas de antígenos que desempenham diversas funções relacionadas a homeostase, metabolismo celular e podem estar envolvidos em processos de rejeição de transplantes, doenças hemolíticas e reações transfusionais. Para a detecção desses antígenos são utilizados anticorpos monoclonais e a obtenção destes anticorpos envolve diversas etapas que culminam na caracterização dos produtos obtidos. Esta etapa é crítica e envolve diferentes técnicas, incluindo a Proteômica na descrição da proteína-alvo de cada anticorpo monoclonal. O objetivo deste estudo foi caracterizar anticorpos monoclonais de especificidade anti-eritrocitária e anti-leucocitária produzidos pelo Laboratório de Engenharia Celular (LEC) do Hemocentro de Botucatu. Foram selecionados um clone e um hibridoma produtores de anticorpos anti-eritrocitários, e um clone produtor de anticorpos anti-leucocitários, pertencentes ao banco de células do LEC. As células foram expandidas em cultura, foi realizado Western Blotting (WB) e cada banda proteica reconhecida pelos anticorpos (antígenos) foi analisada por Espectrometria de Massas, segundo técnicas proteômicas. Outros testes adicionais foram realizados, como técnicas imuno-hematológicas, citometria de fluxo e imuno-histoquímica. Após expansão, retestagem e verificação de reatividade contra hemácias humanas, e a seleção dos dados de outros estudos até então não explorados, na técnica de WB os anticorpos reconheceram diversas bandas. Após a análise por espectrometria de massas, identificou-se, com bom índice de confiabilidade, que a proteína reconhecida por LAMB 10 (anti-eritrocitário) pode ser ALAD, G3PD ou GPC, presentes na membrana de hemácias humanas. LAMB 11 (anti-eritrocitário) é um possível anti-CD36, Espectrina b1 eritrocítica ou ADD2, não descartando anti-ALAD e G3PD. LAMB 12 (anti-leucocitário) é um possível anti-Mieloperoxidase. Os anticorpos caracterizados têm ampla aplicabilidade, uma vez que o CD-36 pode ser um marcador para trombose venosa, diferenciando da trombose arterial. Da mesma forma, por ter um importante papel no diagnóstico, o anticorpo anti-mieloperoxidase tem grande aplicação nas rotinas imunofenotípicas e diagnósticas. A proteômica é uma ferramenta de caracterização obrigatória e importante no processo de validação de anticorpos. No entanto, técnicas complementares para validação ainda são valiosas e indispensáveis na confirmação da especificidade dos anticorpos estudados, partindo das possibilidades apresentadas pela proteômica. Os anticorpos aqui caracterizados pelos resultados do conjunto das técnicas, além das aplicabilidades em WB e Citometria de Fluxo, têm a possibilidade de contribuir dentro escopo da biotecnologia, para auxílio diagnóstico e controle de qualidade, de forma prática, rápida e precisa.