Dois gêneros confessionais do Lager na obra de Liana Millu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Martins, Laís Aparecida Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251097
Resumo: A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) causou danos e traumas irreparáveis na história da humanidade. Durante o Holocausto, mais de 5,1 milhões de pessoas foram mortas, sendo mais da metade judeus confinados no campo de extermínio de Auschwitz. Lá estiveram personalidades como Primo Levi, Elie Wiesel, Maximillian Kolbe, Anne Frank, Lili Jaffe e Liana Millu, que relataram seus traumas por meio de narrativas memorialísticas comoventes. Preservar a literatura de testemunho dessa época é nosso dever enquanto cidadãos do mundo, para impedir que tais atrocidades se repitam. A presente dissertação busca evidenciar duas categorias do gênero confessional e o faz à luz da Literatura de Autoria Feminina, com parte da obra de Liana Millu (italiana, professora e jornalista de origem judia, ativista na luta contra o nazi-fascismo e prisioneira por um ano em Aushwitz). Por meio da análise de seu diário e relatos autobiográficos – ambos escritos no período pós-guerra –, amparados por Maciel (2009), Selligmann-Silva (2008), Olmi (2009), Pacelli (2008) e Lejeune (1997, 2008), e à luz de Cavalhal (2009), identificamos (a) as diferenças estilísticas entre Dopo il fumo: Sono il n. A 5384 di Auschwitz Birkenau (1999) e Tagebuch: Il diario del ritorno dal Lager (2006); (b) possíveis motivações para a escolha de ambos os gêneros, a fim de melhor compreender o estilo adotado em cada um; (c) a importância da Literatura de Testemunho para preservar a memória dos fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial; e, por fim, (d) o que significou ser mulher prisioneira em Auschwitz àquelas que lá estiveram, por meio dos relatos de Millu.