Valor prognóstico da avaliação urodinâmica e da força do assoalho pélvico na incontinência urinária pós prostatectomia radical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Magnabosco, Wesley Justino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138064
Resumo: Objetivo: A incontinência urinária é uma complicação importante da prostatectomia radical, causando deterioração na qualidade de vida, inclusive no pós-operatório inicial. O objetivo desse estudo foi identificar fatores preditores do retorno precoce da continência após essa cirurgia. Métodos: Foram avaliados 130 pacientes submetidos a prostatectomia radical por meio de um questionário clínico, o estudo urodinâmico, os instrumentos ICIQ-SF (International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form) e EISP (Escore Internacional de Sintomas Prostáticos), o teste do absorvente de 1 hora, além da perineometria e da eletromiografia do assoalho pélvico. As avaliações foram realizadas antes e 1 mês após a cirurgia. Resultados: A idade mais avançada (> 60 anos) (OR=1,078 IC: 1,007-1,154, p=0,03) foi um fator de risco para a incontinência urinária precoce após a prostatectomia radical enquanto uma maior força de contração do assoalho pélvico antes da cirurgia foi um fator protetor (OR=0,986 IC: 0,974-0,998, p=0,018). No período pós-operatório, os pacientes incontinentes também apresentavam menor força de contração do assoalho pélvico, além de terem mais queixas miccionais, principalmente relacionadas a urgência, além de estarem menos satisfeitos. As taxas de continência variaram de acordo com o critério de avaliação adotado e apresentaram baixo coeficiente de concordância. A presença de contração involuntária do detrusor antes da cirurgia relacionou-se com uma maior taxa de incontinência urinária e padrão urodinâmico de obstrução infra-vesical pré-operatórios, mas não com a perda de urina após a cirurgia. Conclusão: A idade mais avançada e uma menor força de contração do assoalho pélvico foram fatores de risco para a incontinência urinária precoce após a cirurgia. Pacientes incontinentes no pós-operatório tiveram mais sintomas miccionais e uma pior força de contração do assoalho pélvico.