Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gaby, André Alves [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251416
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Resumo: |
Em matéria publicada no jornal "A Província do Pará" de 18 de outubro de 1992, o historiador, antropólogo e folclorista paraense, Vicente Salles, anunciava sua mais recente aquisição: um livro com título em latim, impresso para ser usado no Convento das Mercês de Belém do Pará. O pesquisador o batizou de "antifonário de João da Veiga" - nome do comendador do convento, impresso na folha de rosto do livro. Entre seus achados, era um dos volumes pelo qual devotava mais zelo e interesse, por ter certeza que era um dos mais raros. Apoiando-se na opinião do musicólogo Clavier Filho, defendia que o livro "ressalta a importância do cantochão ibérico na construção do folclore musical amazônico". Em sua tese de doutorado, Paulo Castagna pronunciou-se sobre o livro, confirmando a raridade e importância do volume: "a primeira publicação propriamente litúrgica por autor brasileiro é o Rituale sacri de João da Veiga, com texto e melodias tridentinas". Este trabalho tem o intuito de analisar o Ritual das Mercês do Pará e investigar a origem de seu conteúdo, confrontando-o com outros livros de origem européia, por meio da elaboração de aparatos críticos para os textos e melodias. Também foram investigadas as motivações e necessidade do frei João da Veiga realizar essa obra, a partir do levantamento da história mercedária e seus elementos litúrgico-musicais, e da história da presença da Ordem no Pará, que ainda é repleta de lacunas. Concluiu-se que o Ritual das Mercês do Pará é semelhante a outro ritual mercedário de origem espanhola - expandido com outras cerimônias de origem tridentina portuguesa ou da própria Ordem - que manteve as melodias mercedárias para suas cerimônias próprias mas as substituiu por melodias de livros portugueses nas cerimônias do calendário universal. Concluiu-se, também, que João da Veiga compilou o ritual para uso no processo de formação de noviços já que buscava reformar a Ordem no Pará por meio dos novos frades que ingressassem no convento, e seu conteúdo foi alterado para conter as cerimônias e melodias que eram usadas nas igrejas do Bispado do Pará, na segunda metade do século XVIII. |