Análise da deformação do quartzo pelos geotermômetros de Ti no quartzo e ângulo de abertura do eixo-c em zonas de cisalhamento nos Orógenos Ribeira e Brasília

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Grella, João Victor [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257978
Resumo: Este trabalho visou verificar a influência da deformação em zonas de cisalhamento no registro da temperatura utilizando os geotermômetro Ti no quartzo e ângulo de abertura do eixo-c em rochas ígneas e metamórficas. A emissão de catodoluminescência observada com filtro azul é correlata com a concentração de Ti no quartzo e demonstrou certos zoneamentos em sua distribuição dentro dos cristais, com padrões diferentes em cada amostra. As análises quantitativas de Ti no quartzo foram obtidos pontos por EPMA e por ablação a laser acoplado a um espectrômetro de massas com plasma indutivamente acoplado (LA-ICP-MS). Dados obtidos a partir do geotermômetro Ti no quartzo para rochas ígneas do Orógeno Ribeira (Granito Capote) resultaram em temperaturas na faixa de 521 a 628°C (13,19 a 46,16 µg/g Ti) para amostra não deformada, e entre 537 e 621°C (16,19 e 42,56 µg/g Ti) para a deformada pelo cisalhamento, ambas sob estimativas de pressão equivalentes a 4,8 kbar. As temperaturas obtidas para o Orógeno Brasília (xistos da Unidade Santo Antônio) variaram de 507 a 594°C (8,09-24,58 µg/g Ti) a 5,9 kbar fora da zona de cisalhamento e 509 a 632°C (6,41 a 29,38 µg/g Ti) a 6,9 kbar na Zona de Cisalhamento Três Corações. As pressões foram estimadas a partir da utilização do termômetro do ângulo de abertura do eixo-c do quartzo, do qual foram obtidos os valores de 579°C (OA=77°) para a amostra milonitizada do Orógeno Ribeira, 641°C (OA=86°) para o xisto e 695°C (OA=95°) para o xisto milonítico da Unidade Santo Antônio, Orógeno Brasília. Para ambas as zonas de cisalhamento fica claro que a recristalização do quartzo, associada a estruturas deformacionais do cisalhamento, afeta a distribuição de Ti no quartzo e, consequentemente a termometria. Além disso, os efeitos do retrometamorfismo observado no Orógeno Brasília aparenta registrar condições do pico metamórfico na orientação cristalográfica dos cristais, e, consequentemente, não reequilibrar o termômetro de ângulo de abertura do eixo-c.