Determinantes da resposta termofílica pós-prandial em Crotalus durissus terrificus (Squamata: Viperidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fuga, Adriana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99552
Resumo: Virtualmente todos os processos biológicos são influenciados pela temperatura. Desta forma, os animais, em geral, investem tempo e energia para regular a temperatura corpórea (Tc) ao passo que os animais ectotérmicos, em particular, têm sua biologia fortemente moldada pela termorregulação comportamental. No caso das serpentes o desempenho em cada atividade em particular pode ser otimizado ou prejudicado em diferentes temperaturas. Como consequência, serpentes podem alterar a temperatura corpórea selecionada com base no tipo de atividade que está sendo exercida no momento e de acordo com a disponibilidade térmica do ambiente. Um exemplo bem conhecido é a seleção de micro-habitats com temperatura mais elevada levando a um aumento significativo da Tc após a ingestão do alimento, comportamento referido como “resposta termofílica pós-prandial”. Este aumento da Tc sabidamente acelera a digestão e, possivelmente, traz beneficios no orçamento de tempo e energia das serpentes. No entanto, a busca de sitios térmicos mais propícios deve acarretar em custos e riscos, especialmente em serpentes recentemente alimentadas que tem a capacidade de locomoção reduzida e, portanto, poderia torná-las mais vulneráveis à predação. Como as serpentes solucionam este conflito entre os benefícios providos por um aumento da Tc durante a digestão do alimento e os riscos envolvidos com a termorregulação é, atualmente, ignorado. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi documentar a resposta termofílica pós-prandial da cascavel, Crotalus durissus terrificus, em condições de laboratório, disponibilizando ou não abrigos (tocas) em um gradiente térmico. Nossos resultados permitem concluir que C. d. terrificus apresenta um ciclo circadiano de variação da Tc, com temperaturas mais altas registradas no final da tarde e início da noite...