Estudo químico-farmacêutico e avaliação da estabilidade de associações de oxitetraciclina e anti-inflamatórios não esteroidais em medicamentos veterinários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sversut, Rúbia Adrieli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152736
Resumo: O mercado farmacêutico veterinário tem crescido acentuadamente nos últimos anos, sendo liderado, principalmente, pelo segmento destinado aos animais de produção. As associações de oxitetraciclina com diclofenaco ou com piroxicam, na forma farmacêutica de soluções injetáveis, são amplamente empregadas na medicina veterinária. Apesar da importância clínica dessas associações, não foi encontrado na literatura científica nenhuma metodologia analítica capaz de quantificar simultaneamente esses fármacos nos medicamentos veterinários. Portanto, este trabalho objetivou desenvolver e validar métodos analíticos para determinação simultânea de oxitetraciclina associada ao diclofenaco de sódio ou ao piroxicam em soluções injetáveis veterinárias, empregando a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e Espectrofotometria no ultravioleta (UV). As matérias-primas desses fármacos foram caracterizadas por Cromatografia em Camada Delgada (CCD), Espectrofotometria na região do Ultravioleta (UV) e do Infravermelho (IV), Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Difração de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas (CLAE-EM). O estudo de degradação forçada foi conduzido em condições hidrolíticas (alcalina, ácida, neutra e oxidativa) e fotolíticas, a estabilidade acelerada e de longa duração foram analisadas durante 6 meses (40 ± 2ºC) e 24 meses (30 ± 2ºC), respectivamente. A identificação dos produtos de degradação foi por EM e a avaliação da citotoxicidade in vitro foi através do ensaio de sulforrodamina B. Além disso, a compatibilidade fármaco-fármaco foi verificada através das técnicas de DSC, TG e espectrofotometria no IV. Os métodos analíticos por CLAE e espectrofotometria permitiram a determinação quantitativa e simultânea das associações avaliadas. Foram identificados seis produtos de degradação, sendo que o produto de degradação 5 apresentou atividade citotóxica moderada. Em relação à estabilidade acelerada e de longa duração, as amostras analisadas mostraram-se termicamente instáveis e os fármacos, na sua maioria, obedeceram à cinética de degradação de ordem zero. A avaliação de compatibilidade fármaco-fármaco sugeriu existir interações físico-químicas entre os fármacos. Os resultados deste trabalho ressaltam a importância das análises químico-farmacêuticas realizadas, pois elas são importantes ferramentas analíticas capazes de serem empregadas na rotina do controle de qualidade nas indústrias farmacêuticas, além de permitirem a previsão de alguns produtos de degradação dos fármacos que podem ser formados no ambiente.