Pequeno como um dinossauro: microconto, um gênero autônomo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: de Souza, Vanderlei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204536
Resumo: O presente estudo tem como objetivo demonstrar que composições literárias narrativas extremamente breves, ou seja, de até três linhas ou cinquenta palavras, aproximadamente, as quais chamamos, dentre outras denominações, microconto, não devem ser consideradas subgênero do conto literário, ainda que possam compartilhar de muitas de suas características. É, portanto, justo afirmar que o microconto hiperbreve deve ser reconhecido como um gênero discursivo e literário autônomo. Na esfera da Literatura, mais especificamente no estudo das micronarrativas, o assunto ocupa lugar de destaque e é alvo de constante reflexão e debate. Para sustentar nossa tese, buscamos, primeiramente, conhecer o objeto de estudo, suas origens, trajetória histórica, principais autores e textos, além de nos apropriarmos de sua estrutura linguístico/discursiva. A partir desse conhecimento, passamos a delimitar ainda mais o objeto no que tange a sua extensão para então selecionar o córpus que se compõe de obras extraídas da antologia Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004), do livro Linha única (Carrascoza, 2016), do estudo de Lagmanovich (2006), La extrema brevedad: microrrelatos de una y dos líneas e de sites da internet, principalmente o minicontos.com.br. Como categorias de análise estabelecemos as mesmas selecionadas por um dos principais detratores da tese que ora defendemos, David Roas (2006): traços formais, temáticos, discursivos e pragmáticos. Na verdade, categorias adaptadas do conceito de gênero de Bakhtin (2016) que pressupôs forma composicional, conteúdo temático e estilo, como bases da estrutura de qualquer gênero. O aparato teórico utilizado engloba concepções advindas de áreas como Teoria da recepção, Análise de Discurso, Linguística textual, Teoria Literária e Leitura Subjetiva.