Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Costa, Tatiana Ribeiro Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194353
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Resumo: |
Introdução: O tratamento das retinopatias proliferativas foi revolucionado pelos antiangiogênicos, que estabilizam o processo de neovascularização e contribuem para a manutenção e melhora da acuidade visual. No entanto, a efetividade do tratamento depende de vários fatores, como a aderência dos pacientes aos protocolos de injeções intravítreas mensais, o custo das drogas e os potenciais efeitos adversos locais e sistêmicos. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) foi um dos primeiros no Brasil a implementar o uso de antiangiogênicos no tratamento de doenças retinianas no sistema único de saúde (SUS), com as dificuldades inerentes à um serviço público. Objetivo: Avaliar a efetividade do tratamento de retinopatias proliferativas com antiangiogênicos no HCFMB. Material e Métodos: Estudo observacional descritivo com pacientes portadores de retinopatias proliferativas, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com indicação de tratamento com drogas antiangiogênicas, de fevereiro de 2017 a fevereiro de 2020. Resultados: Foram estudados 156 pacientes (203 olhos), sendo 81 homens (52%) e 75 mulheres (48%). A idade variou de 47 a 90 anos com média de 67 anos. Dos 156 pacientes, 100 eram diabéticos com edema macular (EMD), 30 tinham DMRI, 22 apresentaram oclusão de ramo da veia central da retina (ORVR) e quatro desenvolveram oclusão da veia central da retina (OVCR). Houve melhora transitória da média de acuidade visual nos primeiros seis meses em relação aos valores iniciais, nos olhos com ORVR (p<0,05), e manutenção ou piora da acuidade visual nos pacientes com EMD, DMRI e OVCR durante o seguimento. Houve redução na média da espessura macular em todos os grupos de pacientes, sendo significativa a variação em relação aos valores iniciais nos olhos com EMD e ORVR (p<0,001). A média de injeções intravítreas nos três anos variou de 3,7 nos olhos com EMD a 5,75 em OVCR. No primeiro ano variou de 2,08 a 3,25, no segundo de 1,66 a 2,63 e no terceiro de 1,66 a 2 injeções. A droga mais utilizada foi o bevacizumabe (90,8%), seguida do ranibizumabe (8,4%) e aflibercept (0,8%). Conclusão: o tratamento antiangiogênico em esquema flexível, dentro do sistema público de saúde, foi efetivo em reduzir a espessura macular mas apresentou resultados na acuidade visual desfavoráveis ao longo do tempo. |