Resumo: |
A deficiência hídrica provoca alterações fisiológicas, bioquímicas e estruturais. Respostas fisiológicas ocorrem após sinalização do déficit hídrico e promovem nas plantas a capacidade de armazenar informações geradas a partir do estímulo, iniciando o processo de memória fisiológica. Nossa hipótese é que a deficiência hídrica severa progressiva (DHSP), por ser recorrente, imprima memória fisiológica nos processos de reidratação, em especial no segundo evento, atrelada a expressão diminuída da PIP2;5 no período de estresse hídrico e superexpressão no momento da reidratação. Este estudo teve como objetivo avaliar respostas que caracterizam a memória fisiológica em Sorghum bicolor (L.) Moench a partir da deficiência hídrica severa progressiva (DHSP) com ênfase no processo de reidratação, analisando a relação com a aquaporina PIP2;5. As plantas foram separadas em dois grupos: controle e deficiência hídrica severa progressiva, cujo último tratamento foi submetido a dois eventos de restrição hídrica, seguidas de reidratações. Os dados de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, conteúdo relativo de água (CRA) e potenciais hídricos foliares e do solo (Ψw MPa), condutividade hidráulica foliar (Kplanta), atividade da enzima POD, nível de peroxidação lipídica, conteúdo de H2O2 e a expressão do gene PIP2;5 foram analisados. Os resultados demonstraram que o segundo evento de deficiência hídrica e reidratação promoveu respostas fisiológicas que indicam aumento da tolerância à restrição hídrica. O CRA, Ψw foliar e E, gs, indicam estratégias na economia do uso da água, evidenciando a memória de deficiência hídrica, bem como a aquaporina PIP2;5 que apresentou redução da sua expressão no período de seca, seguida de superexpressão assim que a reidratação foi aplicada, auxiliando nas relações hídricas da planta e no crescimento. |
---|