Vegetação espontânea e atividade microbiológica como indicadores da recuperação de uma área degradada no cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Boni, Thaís Soto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150071
Resumo: Para recuperação de áreas de solo degradado, com exposição do subsolo, tem-se adotado a revegetação, para introdução de matéria orgânica, formação de serapilheira e recuperação da comunidade microbiana do solo. Esta, por meio das relações complexas que estabelece com o solo e as raízes das plantas contribuirão melhorando as condições edáficas, comprometidas pela degradação. As comunidades microbianas são influenciadas por variações na temperatura, umidade e atmosfera do solo, bem como pelas reduções da cobertura vegetal, disponibilidade de nutrientes, estabilidade estrutural do solo, entre outros fatores, que podem ser modificados pelo uso e degradação do mesmo. Este trabalho objetivou avaliar a recuperação do subsolo exposto, em área degradada no Cerrado, por meio do recobrimento da superfície, do levantamento da vegetação espontânea, das condições de fertilidade do solo e da atividade microbiológica. A técnica de revegetação adotada para recuperação constou de mecanização/escarificação da área (0,40 m de profundidade), incorporação de resíduos orgânico - RO (macrófitas aquáticas) nas doses 0, 16, e 32 Mg ha-1 e agroindustrial - RA (cinza), nas doses 0, 15, 30 e 45 Mg ha-1, como condicionantes do subsolo, e reintrodução da vegetação, com plantio de mudas de 10 diferentes espécies arbóreas nativas do Cerrado (espaçamento 4,0 x 5,0 m). Transcorridos 4 e 5 anos da intervenção, avaliou-se o desempenho da técnica proposta. A avaliação do recobrimento da superfície foi realizada por análise de imagens obtidas com câmera fixada paralelamente à superfície e sempre à mesma altura (1,6 m). O levantamento da vegetação espontânea, em março de 2013, foi realizado na forma de censo, identificação completa (100 %) dos indivíduos presentes na área experimental - AE. Em março de 2015 as avaliações da vegetação espontânea, e do solo, foram realizadas em todas as 36 parcelas (20 x 30 m) da AE, e a identificação das espécies foi realizada em sub-parcelas de 5 x 5 m (estrato herbáceo - gramíneas, ervas e trepadeiras), e o estrato arbustivo-arbóreo foi avaliado na parcela toda (20 x 30 m). Análises de fertilidade e microbiológicas (respiração basal (C-CO2 liberado); carbono da biomassa microbiana (CBM); determinação dos quocientes metabólico (qCO2) e microbiano (qMic) e da estrutura das comunidades de fungos e bactérias) foram conduzidas. O processo de recuperação estabelecido aumentou a biomassa das gramíneas e o recobrimento vegetal da área, na presença dos resíduos e diminuiu a variação na temperatura do solo. O modelo de recuperação adotado propiciou o estabelecimento de 72 espécies regenerantes (65 nativas e 7 exóticas), na área degradada, tendo a maior diversidade de espécies sido observada nos tratamentos onde o solo degradado foi condicionado. A fertilidade da AE ainda está comprometida, no entanto o pH aumentou e o Al diminuiu, sinalizando positivamente. As variáveis microbiológicas mostraram tendência de incremento em sua atividade na área em recuperação, em relação à área degradada sem intervenção. A extração de DNA não foi eficaz para o solo do Cerrado e nem para os solos degradados, devido à baixa concentração de microrganismos, o que poderá ser abordado em novos estudos.