Atividade bioativa do extrato dos frutos de Jurubeba (Solanum paniculatum L.) em linhagens celulares humanas de adenocarcinoma mamário

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Ferraz, Ana Paula Costa Rodrigues [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Jurubeba; Solanácea; Estresse oxidativo; ROS; Oxidative stress
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191659

Estimativas epidemiológicas mundiais consideram o câncer de mama como a segunda causa de morte na população mundial. Diversos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer, este utiliza o estresse oxidativo para proliferação celular, metástase e angiogênese. Solanum paniculatum L. ou popularmente conhecida como Jurubeba, é uma planta medicinal reconhecida pela ANVISA onde suas folhas e raízes são popularmente utilizadas para tratamento gástrico, antibacteriana, antidiarreica e anti-inflamatória, entretanto, pouco se sabe sobre o efeito biológico no câncer bem como o seu perfil fitoquímico de antioxidantes. O objetivo geral desse trabalho foi avaliar a atividade bioativa do extrato dos frutos de Jurubeba (Solanum paniculatum L) em linhagens celulares de adenocarcinoma mamário. Objetivo específico 1: Investigar o perfil fitoquímico da formulação hidroetanólica dos frutos e o seus efeitos na produção de ROS e citocinas em células humanas de câncer de mama e células endoteliais. Objetivo específico 2: Avaliar o efeito biológico do extrato de Jurubeba no Estado Redox em células MCF-7 de câncer de mama. O extrato hidroetanólico foi formulado e caracterizado o perfil de antioxidantes. Células endotelias e de câncer de mama (HUVEC, MDA-MB-231 e MCF-7) foram utilizadas para estabelecer os parâmetros farmacológicos (doses 1.87, 3.75, 7.5, 15, 30 e 60 μg/mL) e avaliou-se por citometria de fluxo as Espécies Reativas (ROS) e citocinas (interleucina 6 (IL-6) e interleucina 1-β) por kit ELISA. Posteriormente, em células MCF-7 testou-se na expressão de enzimas antioxidantes endógenas e o estado redox por biomarcadores de proteína carbonilada (PCO), 4 – Hidroxinonenal (4-HNE) e Malonaldeído (MDA). A luteína foi o composto majoritário encontrado no extrato hidroetanólico de Solanum paniculatum L. A dose 3.75 μg/mL diminuiu significativamente a produção de IL-6 e não mostrou-se citotóxica, o estado redox aumentou com a dose de 3.75 μg/mL mostrando-se com um potencial pro-oxidante e a dose 7.5 μg/mL modulou positivamente a produção de ROS. O presente estudo são dados iniciais sobre o efeito do extrato em células de câncer de mama e mostram-se como importantes achados em futuras terapêuticas tumorais.