Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Tiago Barros de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213468
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Resumo: |
Trata-se de um estudo sobre o rock brasileiro dos anos 1980, o Rock Brasil, geração musical que emergiu, alcançou sucesso comercial e reconhecimento, por meio das instâncias de consagração da música popular brasileira, ao mesmo tempo em que, na esfera política e social, ocorria o processo de redemocratização do país. A partir dos pressupostos teórico metodológicos de Pierre Bourdieu, realizamos um estudo da biografia coletiva (prosopografia) dos roqueiros brasileiros do referido período, buscando identificar o perfil social coletivo dos expoentes desta vertente musical e possíveis explicações de como estes agentes foram capturados pela indústria fonográfica, além de fazer a análise de algumas músicas e declarações dos mesmos. A pesquisa prosopográfica demonstrou que o mainstream da geração de roqueiros brasileiros dos anos 1980 foi formada por indivíduos jovens, brancos, do sexo masculino, detentores de alto grau de capitais econômico, social e cultural (com circulação pelo exterior e socialização com o rock internacional). Esse perfil, que possuía alguma orquestração com o perfil do novo público consumidor, dialogava com a necessidade de renovação da indústria fonográfica. Em contraposição, vemos nos agentes do considerado rock underground do mesmo período, a predominância de jovens egressos de bairros periféricos da cidade de São Paulo, trabalhadores assalariados e com baixa escolaridade. Assim, a pesquisa aponta coexistir – no interior do agrupamento mainstream e no interior do underground – algo que chamamos de uma homologia no habitus de classe, objetivada, aqui, por meio das trajetórias analisadas. Por fim, destacamos que a partir do sucesso comercial, da projeção pública alcançada e do capital simbólico adquirido, alguns desses artistas foram alçados à condição de “porta-vozes” da juventude, contribuindo, em alguma medida, na construção e, principalmente, reprodução de visões sobre o Brasil, os brasileiros e a política nacional. |