Frutos, sementes e plântulas de três espécies de Mimosa Linnaeus(Fabaceae: Mimosoideae): aspectos morfoanatômicos e considerações ecológico-filogenéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Iwazaki, Maísa de Carvalho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88124
Resumo: Mimosa Linnaeus é o gênero com maior número de representantes de Mimosoideae no cerrado, com 189 espécies registradas. É um gênero que exibe características morfoanatômicas, hábito e tipos de frutos variados. Mimosa daleoides Benth., M. dolens Vell. var. anisitsii (Lindm.) Barneby e M. orthacantha Benth. são arbustivas e de ocorrência comum em remanescentes do cerrado paulista, observadas como invasoras, e foram selecionadas para o presente trabalho. Os objetivos foram descrever morfologia, anatomia e ontogênese dos frutos e sementes; detalhar a morfologia das plântulas e a anatomia e venação de cotilédones e eofilos; e comparar as espécies entre si e com a literatura. O material coletado foi processado segundo técnicas usuais em microscopia óptica, utilizando inclusão em metacrilato, cortes em micrótomo de rotação e coloração com azul de toluidina; também foram confeccionadas lâminas semipermanentes para análise de maceração, diafanização e cortes a mão livre. O ovário das três espécies é curto-estipitado, com 3-5 óvulos anátropos, tendendo a campilótropos apenas em M. daleoides. Emergências se formam ao longo do desenvolvimento do fruto no pericarpo; o mesocarpo é parenquimático, com hipoderme externa e interna de M. dolens var. anisitsii e somente a interna de M. daleoides com células fenólicas. Um meristema adaxial se desenvolve, do qual deriva o endocarpo externo, lignificado no final da maturação, e endocarpo interno, parenquimático. Mimosa orthacantha exibe fibras e esclereídes de orientações opostas no endocarpo externo, diferenciando-se das demais. A partir da análise anatômica, pode-se concluir que os frutos formados são craspédios em M. daleoides e M. orthacantha, ligados ao eixo da inflorescência do tipo racemo na primeira e glomérulo na segunda, e legumes de deiscência passiva em M. dolens var. anisitsii,...