O realismo agudo de Modesto Carone

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Galvão Filho, Paulo Lara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99089
Resumo: Este trabalho tem como objeto a análise dos livros que compõem a trilogia de contos do escritor paulistano Modesto Carone: As marcas do real (1979), Aos pés de Matilda (1980) e Dias melhores (1984). A proposta é examinar a maneira pela qual há uma problematização do conceito de real nos contos do autor, por meio da tensão enunciativa que se instaura entre o discurso do narrador (ou o que entendemos por subjetividade), e o aspecto objetivo do real (o mundo físico representado ficcionalmente). Ao estabelecer uma articulação ambígua entre essas duas instâncias, seus contos redimensionam os termos do real, caracterizando uma espécie de realismo agudo. A presença de um narrador insciente ajuda, também, a esclarecer os freqüentes desdobramentos narrativos, a sintaxe das deformações, bem como o efeito generalizado de uma crise de identidades na ficção caroniana. Paradoxalmente, seus contos sugerem uma utopia humanista por meio da consciência multifacetada que surge dos embates entre o sujeito e seu outro. Palavras-chave: Modesto Carone, conto brasileiro, realismo, narração.