Efeito de diferentes diluentes na qualidade e fertilidade do sêmen refrigerado de jumento Pêga (Equus asinus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gobato, Mariana Luiza Mezzena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193334
Resumo: Frente aos resultados menos expressivos no uso de sêmen refrigerado e o interesse no comércio de muares, o aprimoramento das biotecnologias é um passo importante para a espécie asinina. Dentre os principais fatores relacionados com o sucesso no uso do sêmen refrigerado destaca-se a presença do plasma seminal e a composição do diluente utilizado para garantir a viabilidade espermática durante o processo de fertilização. Os objetivos do presente estudo visam avaliar o efeito de três diluentes sobre a qualidade do sêmen asinino, com ou sem plasma seminal, bem como os efeitos da fertilidade in vivo. Foram utilizados 2 ejaculados de 6 jumentos da raça Pêga, entre 4 e 12 anos. Cada ejaculado foi diluído em meios comerciais a base de leite desnatado (BotuSêmen Special®), caseína (BotuSêmen Gold®) e gema de ovo (BotuCrio®) e as amostras processadas na presença e remoção de plasma seminal, conforme os 6 tratamentos: leite, caseína e gema de ovo com plasma na concentração de 50 milhões de espermatozoides/mL; leite, caseína e gema de ovo centrifugado e ressuspendido na concentração de 100 milhões de espermatozoides/mL. As amostras foram avaliadas a fresco (T0), 24 (T24) e 48 (T48) horas pós-refrigeração. Os parâmetros avaliados foram: cinética espermática pelo método computadorizado CASA e desestabilização da membrana, produção de espécies reativas ao oxigênio e atividade mitocondrial por citometria de fluxo. Para o teste de fertilidade foram utilizados 6 ciclos de 15 éguas em sistema crossover e um jumento Pêga com fertilidade comprovada. O diluente à base de leite apresentou resultados inferiores para motilidade total (MT), progressiva (MP) e rápidos (RAP) sem plasma seminal em todos os momentos avaliados e maior produção de ânion superóxido em T48, na presença do plasma seminal (P<0,05). Já o meio à base de caseína sem plasma seminal, apresentou resultados superiores para todos os parâmetros avaliados em todos os momentos (P<0.05), com exceção dos valores de desestabilização de membrana em T24 que não apresentou diferença significativa. Os resultados com meio à base de gema de ovo não sofreram efeito do plasma seminal e também mostraram-se superiores, com exceção de MP e RAP em T48 (P<0,05). A caseína e a gema de ovo apresentaram elevada taxa de fertilidade tanto com (73% vs 93%) quanto sem plasma seminal (93% vs 73%), respectivamente. Já o leite desnatado apresentou valores similares sem plasma seminal (60%), porém diferiu estatisticamente na presença de plasma (20%). Conclui-se que apesar de demonstrar resultados satisfatórios na refrigeração do sêmen equino, o leite desnatado apresenta pior interação com o sêmen asinino refrigerado. Já a gema de ovo e a caseína, demonstraram ser as melhores alternativas para a refrigeração de sêmen asinino por até 48 horas.