Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Loren Giagio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181644
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Resumo: |
Introdução: A radioterapia tem demonstrado importante papel no controle loco-regional e à distância no tratamento de câncer de mama com aumento da taxa de sobrevida. Entretanto a radiodermite é um evento adverso com alta incidência nos tratamentos desta neoplasia. O objetivo deste estudo é avaliar a incidência de radiodermite e os fatores associados a sua gravidade e ao momento de ocorrência deste efeito colateral durante a radioterapia de mulheres com câncer de mama. Método: Estudo de coorte prospectivo e analítico, conduzido no Setor Técnico de Radioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp. Foram incluídas 117 pacientes com câncer de mama no período de fevereiro a setembro de 2017, com idade superior a 18 anos. As pacientes foram avaliadas na admissão e a cada cinco aplicações de radioterapia até o término do tratamento. Foram utilizados os testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher para as variáveis categóricas e Teste T para amostras independentes para as variáveis contínuas paramétricas e Kruskall-Wallis para as não paramétricas. Para a avaliação dos fatores de risco aplicou-se o modelo de regressão logística e modelo de regressão proporcional de Cox. Foram considerados significativos os valores de p menores que 0,05. Resultados: A taxa de incidência de radiodermite em topografia mamária foi de 98,2% e demonstrou que para cada ponto a mais do IMC aumenta-se em 14% a chance de ocorrência de radiodermite nos graus II a IV [OR = 1,14 (IC95% 1,04 – 1,26); p=0,004] e que o uso de estatina concomitante à radioterapia aumenta quatro vezes o risco destas lesões cutâneas em graus maiores [OR = 4,27 (IC95% 1,11 – 16,42); p=0,035]. O uso exclusivo do hidrogel para hidratação da pele foi um fator independente para retardar o início da radiodermite quando comparado com as pacientes que utilizaram hidrogel associado a cremes hidratantes [HR = 0,55 (IC95% 0,36 – 0,82); p=0,004]. Para a radioterapia realizada em topografia de fossa supraclavicular a taxa de incidência foi de 97,5% e que a presença de hipotireoidismo foi um fator independente para reduzir o tempo livre de radiodermite [HR=5,22 (1,09 – 24,90); p=0,04], enquanto que, o uso exclusivo do hidrogel aumentou o tempo livre de radiodermite [HR= 0,38 (0,18 – 0,79); p=0,009]. Conclusão. Houve elevada incidência da radiodermite nos tratamentos de câncer de mama, tanto em topografia mamária quanto na fossa supraclavicular. Aumento do IMC e uso de estatina são fatores independentes ao desenvolvimento de radiodermite em graus maiores na mama e o uso exclusivo do hidrogel foi fator protetor. Pacientes com hipotireoidismo apresentam radiodermite mais precoce na fossa supraclavicular enquanto que o uso exclusivo do hidrogel atrasa seu surgimento. A identificação destes fatores permite melhorar o manejo clínico desta importante toxicidade cutânea da radioterapia. |