Influência do alcoolismo crônico e da deficiência estrogênica sobre a expressão imunoistoquímica de proteínas reguladoras do processo de reabsorção óssea no periodonto de ratas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marchini, Adriana Mathias Pereira da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144281
Resumo: Estudos prévios sugerem que tanto o consumo de álcool quanto a deficiência estrogênica poderiam afetar o osso alveolar e aumentar a suscetibilidade individual a uma mais rápida progressão da doença periodontal. No entanto, a literatura ainda não chegou a um consenso sobre esse assunto, que precisa ser mais estudado. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis modificações na expressão imunoistoquímica de proteínas envolvidas na regulação do processo de reabsorção óssea, no periodonto de ratas submetidas ao alcoolismo crônico e/ou à deficiência estrogênica. Ratas Wistar, com três meses de idade, foram divididas em dois grupos: ovariectomizadas (ovz) ou não ovariectomizadas (sham). Trinta dias após os procedimentos cirúrgicos, os animais foram subdivididos e receberam os seguintes tratamentos: dieta alcoólica (alc), dieta isocalórica (iso) ou dieta livre (dl). Os grupos álcool receberam solução alcoólica (20%), por dois meses. A análise do tratamento dietético mostrou que o grupo ovz/dl foi o que mais ganhou peso e o que mais ingeriu ração, sendo as diferenças significativas se comparadas a todos os outros grupos (p<0,01). Quando considerados ambos os grupos álcool, 53,49% das calorias diárias da dieta (em média) foram provenientes do álcool. Os resultados também mostraram que o grupo sham/alc consumiu mais álcool se comparado ao ovz/alc, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p<0,001). A crista óssea alveolar e tecidos adjacentes (na região entre o primeiro e segundo molar inferior) foram avaliados por imunoistoquímica, utilizando-se anticorpos para detecção de osteoprotegerina (OPG), proteína que inibe a reabsorção óssea, e ligante do receptor ativador do fator nuclear Kappa β (RANKL), proteína que estimula a reabsorção óssea. Os grupos ovz/alc, ovz/iso e ovz/dl apresentaram menor imunomarcação para a OPG, se comparados ao sham/alc, sham/iso e sham/dl, respectivamente, sendo essas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05, p<0,05 e p<0,01). O grupo ovz/iso apresentou maior imunomarcação para o RANKL se comparado ao grupo sham/iso, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p<0,01). O grupo sham/alc apresentou menor imunomarcação para a OPG e maior imunomarcação para o RANKL quando comparado aos outros grupos sham, sendo essas diferenças estatisticamente significativas (p<0,01). No grupo ovz/alc foi observada a menor imunomarcação para a OPG e a maior imunomarcação para o RANKL, sendo as diferenças estatisticamente significativas (p<0,05), quando comparado com a maioria dos outros grupos (exceção do ovz/iso e sham/alc, para o RANKL). Pode-se concluir que tanto a deficiência estrogênica quanto a dieta alcoólica foram relacionados à diminuição da expressão de OPG e aumento da expressão de RANKL, o que seria compatível com uma maior predisposição à reabsorção óssea. Esses resultados foram ainda mais evidentes no grupo no qual a deficiência estrogênica e o consumo de álcool foram associados.